O Retorno do CSMC? Brasil assinará acordo com Cuba para desenvolvimento conjunto de medicamentos
Evolução das exportações cubanas |
No cenário internacional, o anúncio recente do governo brasileiro sobre a assinatura de um acordo de colaboração em ciência e tecnologia com Cuba tem gerado uma série de questionamentos e preocupações. A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante uma coletiva de imprensa realizada em Havana,em 15 de setembro de 2023, revelou detalhes desse acordo que prevê o desenvolvimento conjunto de medicamentos e pesquisas na área de saúde. No entanto, é preciso analisar essa parceria com um olhar crítico e atento aos fatos históricos que a cercam.
As Raízes da Parceria
Para compreender a atual situação, é importante retroceder ao passado e relembrar os laços históricos entre Brasil e Cuba, em especial a relação controversa com o programa "Mais Médicos". No governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro, o Brasil encerrou esse programa que trouxe médicos cubanos para atuar no país. A decisão foi baseada na falta de transparência e nas condições desfavoráveis impostas pelo governo cubano aos profissionais de saúde.
A Controvérsia em Torno da Eficiência dos Produtos Cubanos
Um dos pontos que levantam preocupações é a eficácia dos produtos cubanos, como a vacina contra a meningite B. Em ensaios oficiais da OMS, essa vacina foi considerada ineficaz para crianças com menos de 4 anos, um grupo de alto risco para essa doença. No entanto, ela continuou a época sendo adquirida por alguns estados e municípios. Essa controvérsia em torno da qualidade dos produtos cubanos coloca em xeque a credibilidade da parceria em desenvolver medicamentos inovadores.
O Programa "Mais Médicos" e o Fortalecimento do Regime Cubano
É fundamental também analisar como o programa "Mais Médicos" fortaleceu o regime cubano. Na época, o programa não apenas serviu como apoio financeiro à ditadura cubana, mas também foi usado como propaganda midiática para promover a suposta excelência do sistema de saúde cubano. Isso beneficiou tanto o Partido dos Trabalhadores quanto o regime ditatorial cubano, que obteve propaganda gratuita em escala global.
A Narrativa Manipuladora da Mídia
A mídia desempenhou um papel crucial na disseminação da narrativa sobre os médicos cubanos. Através de investimentos substanciais em publicidade e o apoio de influenciadores digitais, a mídia jornalística perpetuou a ideia de que os médicos cubanos eram exemplos de empatia e solidariedade, enquanto os médicos brasileiros eram retratados de forma negativa. Essa narrativa manipuladora contribuiu para a demonização dos médicos brasileiros.
A Realidade dos Médicos Cubanos
É importante destacar a realidade dos médicos cubanos que participaram do programa. Eles foram submetidos a condições de trabalho precárias e receberam salários insignificantes, enquanto a elite castrista enriquecia com os recursos financeiros provenientes do programa. Trabalhar nos cantos mais remotos do Brasil, nas selvas bolivianas e nas favelas de Caracas era considerado um privilégio, mas na verdade, esses médicos estavam presos a um sistema de exploração.
A Ética Médica Cubana e a Subordinação ao Interesse Social
O Código de Ética Médica Cubano, elaborado pelo Partido Comunista de Cuba, estabelece que no socialismo, o indivíduo deve estar subordinado ao interesse social. Isso levanta questões sobre a autonomia dos médicos cubanos e a possibilidade de que sua prática médica seja orientada pelos interesses do governo, em detrimento dos pacientes.
Relações Entre Empresas Estatais Cubanas e a Família Castro
Outro ponto de preocupação são as relações entre empresas estatais cubanas e a família de Raúl Castro. A ONU destinou uma quantia substancial de recursos para ser gerenciada por instituições estatais cubanas, muitas das quais têm ligações diretas com a família Castro. Isso levanta questões sobre a transparência e a utilização desses recursos.
A Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos (CSMC) e os Cofres dos Castro
A Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos (CSMC) é uma empresa estatal que recebia recursos de programas como o "Mais Médicos". O dinheiro destinado por países como o Brasil acabava indo diretamente para os cofres da elite castrista, fortalecendo ainda mais o regime ditatorial.
Uma Análise Detalhada dos Números
Durante os primeiros quatro meses de 2013, Cuba deixou de exportar produtos farmacêuticos para a Venezuela, um parceiro tradicional. No entanto, durante esse mesmo período, o Brasil importou um total de 23 milhões de dólares em medicamentos cubanos. Esse fato levanta questionamentos sobre as razões por trás dessa mudança súbita no padrão das exportações cubanas.
Impacto nas Prateleiras de Farmácias Brasileiras
A elevada soma do valor das exportações cubanas de produtos farmacêuticos para o Brasil produziu implicações significativas para o mercado interno de medicamentos no país. A ausência e a escassez de medicamentos de produção nacional nas prateleiras de farmácias em todo o território brasileiro provavelmente estavam relacionadas a essa mudança nos padrões de importação no ano de 2013.
Questões em Aberto
Uma questão que permanece sem resposta é o motivo por trás dessa drástica mudança no destino das exportações cubanas. Por que Cuba direcionou sua produção farmacêutica para o Brasil, deixando a Venezuela em segundo plano? Quais foram os impactos disso na saúde pública e na disponibilidade de medicamentos no Brasil?
Esses são questionamentos importantes que exigem novamente uma análise mais aprofundada e transparência por parte das autoridades competentes. O cenário das exportações farmacêuticas cubanas continuou a evoluir, e é fundamental que se compreendam as motivações por trás dessas mudanças para garantir o acesso a medicamentos de qualidade e a saúde da população brasileira.
Conclusão
Em meio a esse contexto complexo, o anúncio do acordo de colaboração em ciência e tecnologia entre Brasil e Cuba em 15 de setembro de 2023, deve ser recebido com cautela. É fundamental que haja transparência, prestação de contas e garantias de que os interesses dos brasileiros serão protegidos. A história recente nos ensina a questionar as parcerias internacionais que podem ter consequências não desejadas. A parceria com Cuba merece uma análise crítica e vigilante por parte da sociedade brasileira.
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