A capacidade das forças ucranianas de atingir o inimigo sem correr o risco de retaliação está mudando o equilíbrio de poder no campo de batalha.
Desafios para a Rússia: a incapacidade de responder à superioridade da artilharia ucraniana
A evolução da artilharia na guerra no leste da Ucrânia
Os artilheiros ucranianos que operam canhões tecnicamente superiores estão ganhando uma poderosa vantagem no campo de batalha e estão reduzindo significativamente o potencial de morteiros, obuseiros e sistemas de artilharia de foguetes do exército russo. Isso está ocorrendo de forma praticamente impune, de acordo com blogueiros militares russos.
O jornalista russo Vladimir Rogov, que é apoiado por Moscou e alinhado com o Kremlin desde a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, explicou em um ensaio de 6 de setembro sobre a recente perda da vila de Robotyne pelo exército russo na frente sul. Ele destacou que as tropas russas lutaram com determinação, mas a verdade inconveniente é que, pelo menos no momento atual, o exército russo não possui uma resposta eficaz às forças ucranianas armadas com artilharia superior.
Rogov enfatizou que o principal problema está relacionado à capacidade de combate contra-bateria, onde o inimigo tem uma vantagem, possuindo equipamento moderno de longo alcance, o que afeta diretamente a intensidade dos bombardeios. A situação é considerada difícil para o exército russo.
O comentarista militar Aleksandr Khodakovsky, que é um defensor da invasão da Ucrânia pela Rússia, comentou em 7 de setembro sobre os recentes contra-ataques bem-sucedidos das tropas ucranianas em outro setor ao sul, perto da cidade de Velyka Novosilka. Ele afirmou que as tropas de Kiev estavam lançando bombardeios devastadores que vinham de fora do alcance da artilharia russa, o que deixava as forças russas incapazes de responder eficazmente.
De acordo com Khodakovsky, o inimigo estava lançando um fogo de artilharia denso, e embora as forças russas respondessem, a distância não permitia atingir as posições de tiro do inimigo. Ele mencionou que o inimigo estava infligindo perdas significativas às forças russas e que algumas posições russas foram danificadas a ponto de perderem sua funcionalidade.
Inicialmente, as Forças Armadas da Ucrânia (AFU) entraram em conflito com a Rússia usando artilharia de concepção soviética mais antiga, com menor alcance e em menor quantidade do que as armas equivalentes utilizadas pelas forças russas.
A estratégia russa era aproveitar essas vantagens para infligir pesadas baixas às forças ucranianas em equipamentos e pessoal durante os primeiros meses da guerra. No entanto, a AFU estava disposta a aceitar baixas significativas, especialmente na infantaria, para retardar o avanço russo.
As piores perdas ucranianas causadas pelo poder de fogo esmagador da artilharia russa ocorreram no verão de 2022, durante as batalhas de Severodonetsk e Lysychansk, na região de Donbass, na Ucrânia.
No entanto, o brigadeiro-general ucraniano Serhiy Bogdanov afirmou que a desvantagem efetivamente desapareceu, graças a melhorias em equipamentos e táticas. Ele explicou que as armas de artilharia da OTAN em uso pelas AFU têm um alcance operacional maior do que os canhões da era soviética usados pelas forças russas.
Essa mudança permitiu que as forças ucranianas destruíssem ou danificassem o equipamento de artilharia do inimigo e empurrassem suas posições para longe da linha de frente. Isso impediu que a artilharia inimiga se envolvesse em combates de contra-bateria contra a artilharia ucraniana e afetasse a infantaria ucraniana.
Observadores pró-Kremlin também reconheceram que o equilíbrio de poder de fogo no campo de batalha se inclinou a favor da AFU. A capacidade da artilharia ucraniana de atingir o inimigo sem correr o risco de ser retaliada é apontada como um fator-chave para os recentes avanços territoriais da AFU.
No entanto, alguns especialistas afirmam que o Ministério da Defesa da Rússia precisa melhorar seu jogo e fornecer armas mais avançadas para as tropas de Moscou. Eles destacam que os ataques terrestres das forças ucranianas são precedidos por bombardeios de artilharia, lançadores de granadas e lança-chamas, seguidos por fogo contínuo de armas leves, tornando-se um ataque coordenado eficaz. A resposta russa a esses ataques precisa ser mais eficaz para neutralizar a ameaça.
Há até mesmo sugestões de que a Rússia pode precisar reaproveitar canhões de 203 mm, originalmente usados para bombardear fortificações estacionárias a longa distância, para competir com as armas de artilharia modernas de 155 mm usadas pela OTAN e fornecidas à Ucrânia.
A artilharia ucraniana está desempenhando um papel crucial na evolução do conflito no leste da Ucrânia, causando perdas significativas às forças russas e permitindo que as tropas ucranianas avancem em certas áreas. A capacidade das forças ucranianas de atingir o inimigo sem correr o risco de retaliação está mudando o equilíbrio de poder no campo de batalha.
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