O Arcebispo Geremias Steinmetz, dá a comunhão ao Xeque Ahmad Saleh Mahairi no final de agosto de 2023. |
Controvérsia religiosa surge no Brasil após arcebispo permitir participação de não-católico na comunhão
Um furor irrompeu no Brasil após um arcebispo dar a comunhão a um xeque muçulmano durante uma missa fúnebre no final de agosto. A polêmica gerou críticas por parte de católicos tradicionalistas, que consideraram o ato um sacrilégio. O incidente ocorreu durante uma missa em homenagem ao cardeal Geraldo Majella Agnelo, uma figura importante da Igreja brasileira que faleceu recentemente.
Durante a missa transmitida pela Catedral de Londrina, o xeque Ahmad Saleh Mahairi, um amigo próximo de Agnelo e membro influente da comunidade sunita brasileira, aproximou-se do altar para receber a comunhão. O arcebispo Geremias Steinmetz deu-lhe a hóstia, mas Mahairi não a consumiu imediatamente, optando por carregá-la na mão.
O incidente foi amplamente divulgado por sites tradicionalistas, que questionaram as ações de Steinmetz e Mahairi. Grupos como o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira criticaram a decisão do arcebispo, considerando-a um declínio da Igreja Católica.
Frederico Viotti, membro do IPCO, afirmou que dar a comunhão a alguém não batizado e que não acredita em Jesus Cristo como Deus é um sacrilégio. Ele citou uma passagem da carta de São Paulo aos Coríntios para embasar sua argumentação.
A controvérsia persistiu mesmo após Steinmetz divulgar um comunicado explicando que Mahairi havia sido contatado pela arquidiocese e que ele havia consumido a Eucaristia após a missa. Steinmetz mencionou as conexões entre a fé católica e o Islã, destacando que Jesus é reverenciado como profeta pelos muçulmanos.
Alguns grupos católicos, no entanto, acreditam que Steinmetz não apresentou uma justificativa adequada para dar a hóstia a um não-católico. O bispo emérito alemão Franz Meinrad Merkel afirmou que já se deparou com situações semelhantes no passado e que, discretamente, recusou-se a dar a comunhão a pessoas que não poderiam recebê-la.
Outros, no entanto, não veem necessariamente um erro nas ações de Steinmetz. Dom Adriano Ciocca Vasino, da Prelazia de São Félix do Araguaia, argumentou que, se analisarmos os acontecimentos apenas do ponto de vista jurídico, estaremos sempre prontos para criticar a todos. Ele ressaltou que ninguém pode entrar no coração do xeque e concluir o que realmente aconteceu, e que talvez ele não tenha compreendido o significado da Comunhão.
O xeque Jihad Hammadeh, outro membro proeminente da comunidade sunita no Brasil, afirmou que Mahairi provavelmente não entendeu que o ritual era restrito aos católicos e seguiu o povo até o altar como sinal de respeito. Ele argumentou que a falta de empatia é um problema e que devemos nos colocar no lugar do outro.
Em resumo, a controvérsia surgiu no Brasil após um arcebispo dar a comunhão a um xeque muçulmano durante uma missa fúnebre. Enquanto alguns criticaram a ação como um sacrilégio, outros argumentaram que é importante considerar a intenção e a compreensão das pessoas envolvidas. A controvérsia reflete as tensões entre diferentes visões e interpretações dentro da Igreja Católica.
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