Adenocarcinoma - esôfago |
A doença do refluxo gastroesofágico, também conhecida como DRGE, é uma enfermidade do sistema digestivo que se caracteriza pela ocorrência constante de refluxo ácido, no qual o conteúdo do estômago retorna para o esôfago. A DRGE é uma condição bastante prevalente, afetando mensalmente cerca de 21% da população brasileira.
O estudo publicado no The BMJ, liderado por Dag Holmberg, MD, Ph.D., do Karolinska Institutet em Estocolmo, trouxe à luz um achado surpreendente: pacientes com doença do refluxo gastroesofágico não erosiva (DRGE) não apresentam um risco aumentado de adenocarcinoma de esôfago em comparação com a população em geral. Essa descoberta tem o potencial de revolucionar a forma como encaramos o tratamento da DRGE e as recomendações para gastroscopias repetidas. Neste artigo, exploraremos em detalhes os resultados deste estudo, desvendando o que isso significa para os pacientes e os médicos que os tratam.
Introdução
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Muitos pacientes com DRGE enfrentam a preocupação constante de que essa condição possa levar ao desenvolvimento de adenocarcinoma de esôfago, uma forma de câncer potencialmente grave. No entanto, o estudo liderado pelo Dr. Dag Holmberg lança uma nova luz sobre essa questão.
Entendendo a DRGE Não Erosiva
Antes de mergulharmos nos resultados do estudo, é importante compreender o que é a DRGE não erosiva. Esta é uma forma da doença do refluxo gastroesofágico em que os sintomas incômodos, como azia e regurgitação, estão presentes, mas não há evidências visíveis de danos no revestimento do esôfago durante uma endoscopia. Muitos pacientes com DRGE não erosiva se preocupam com os potenciais riscos associados a essa condição.
O Estudo: Números e Detalhes
O estudo em questão incluiu um grande número de participantes: 486.556 adultos submetidos à endoscopia. Desses, 285.811 foram incluídos na coorte de DRGE não erosiva, enquanto 200.745 estavam na coorte de validação com DRGE erosiva.
Resultados Surpreendentes
Os resultados do estudo são notáveis. Durante o acompanhamento, 228 dos pacientes com DRGE não erosiva desenvolveram adenocarcinomas esofágicos, com uma taxa de incidência de 11,0/100.000 pessoas-ano. A incidência desses cânceres foi comparável à da população em geral, e o mais impressionante é que nenhum aumento significativo foi observado na incidência com o passar do tempo.
Comparando com a DRGE Erosiva
Para uma comparação, entre aqueles com esofagite erosiva na endoscopia, houve 542 casos de adenocarcinomas esofágicos, resultando em uma taxa de incidência de 31,0/100.000 pessoas-ano. Isso se traduz em uma taxa de incidência padronizada geral aumentada de 2,36, que se tornou mais pronunciada com um acompanhamento mais longo.
Implicações para a Prática Médica
O Dr. Holmberg ressaltou a importância dessas descobertas. Ele afirmou que "nosso estudo sugere que essas gastroscopias repetidas são provavelmente desnecessárias para pessoas com doença de refluxo que têm mucosa esofágica normal". Isso pode ter implicações significativas para pacientes que sofrem de DRGE e para os médicos que os atendem. A ideia de que não é necessário realizar endoscopias frequentes em pacientes com DRGE não erosiva pode aliviar a ansiedade e reduzir os custos associados a esses procedimentos.
Conclusão
Em resumo, este estudo do Karolinska Institutet trouxe informações vitais para pacientes com DRGE não erosiva. A conclusão de que não há um risco aumentado de adenocarcinoma de esôfago em comparação com a população em geral é uma notícia encorajadora. Isso pode permitir uma abordagem mais tranquila para o tratamento da DRGE e uma revisão das práticas médicas em relação às gastroscopias repetidas.
FAQs
1. Quais são os sintomas mais comuns da DRGE não erosiva?
Os sintomas incluem azia, regurgitação, dor no peito e tosse crônica.
2. Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de adenocarcinoma de esôfago?
Os principais fatores de risco incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool e obesidade.
3. Como a DRGE é normalmente tratada?
O tratamento pode envolver mudanças na dieta, medicamentos para reduzir a produção de ácido ou, em casos graves, cirurgia.
4. Como posso saber se tenho DRGE não erosiva?
Um médico pode fazer o diagnóstico com base em seus sintomas e, possivelmente, realizar uma endoscopia.
5. Qual é a importância deste estudo para os pacientes com DRGE?
Este estudo oferece tranquilidade ao demonstrar que o risco de adenocarcinoma de esôfago não é significativamente maior para pacientes com DRGE não erosiva em comparação com a população em geral.
Esperamos que este artigo tenha esclarecido suas dúvidas sobre a relação entre a DRGE não erosiva e o adenocarcinoma de esôfago. Lembre-se sempre de consultar um médico para um diagnóstico preciso e aconselhamento médico adequado.
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https://www.bmj.com/content/bmj/382/bmj-2023-076017.full.pdf
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