Ativistas do governo anti-Eritreia, à esquerda, entram em confronto com apoiadores do governo da Eritreia, em Tel Aviv, Israel, 2 de setembro de 2023. (AP Photo/Ohad Zwigenberg) |
Os migrantes eritreus em Israel: Negligenciados, divididos e dividindo a sociedade
Cerca de 30 mil requerentes de asilo, principalmente eritreus, vivem em Israel fugindo de conflitos e ditaduras. Constituindo a maioria dos africanos no país, enfrentam descaso do governo e da população.
A maioria chegou após 2005, estabelecendo-se no sul pobre de Tel Aviv. Inicialmente tolerados, passaram a ser vistos como um problema à medida que seu número aumentava. Israel tenta dificultar sua vida e deportá-los, sendo impedido pela justiça.
Dentro da comunidade eritreia também há divisões. A maioria afirma fugir do serviço militar forçado sem fim na Eritreia, mas alguns apoiam o longevo governo autoritário local. Esses grupos rivais se confrontaram violentamente em Tel Aviv em 2023, deixando dezenas de feridos.
A questão dos migrantes gera debate no país. Para alguns, Israel, fundado por refugiados, deveria acolhê-los. Por outro lado, alega-se que trouxeram insegurança ao sul pobre de Tel Aviv. O tema é usado por quem defende ampliar os poderes do Executivo sobre o Judiciário.
Assim, os eritreus lidam com o descaso do Estado de Israel e as rivalidades internas, constituindo um grupo negligenciado que divide a sociedade israelense. Buscam reconhecimento de suas razões de fuga, mas enfrentam sérios desafios no país que encontraram.
AR News
Situação dos migrantes da Eritreia em Israel
As condições de vida são difíceis, pois muitos estão amontoados em apartamentos em ruínas nos bairros pobres do sul de Tel Aviv. O acesso aos cuidados de saúde e aos serviços sociais também é limitado.
Tem havido crescentes incidentes de racismo e ataques contra eritreus e outros migrantes africanos por parte de alguns residentes israelitas nos bairros do sul, onde a maioria vive. Isto aumentou as tensões.
Encontrar um trabalho estável continua sendo um desafio para muitos. Enquanto alguns trabalham em empregos manuais ou em restaurantes, outros lutam com trabalho temporário ou desemprego. A falta de um estatuto jurídico adequado dificulta o crescimento e a estabilidade na carreira.
Os migrantes mais jovens da Eritreia que cresceram em Israel enfrentam dificuldades de integração, uma vez que lutam com o seu estatuto incomum de limbo jurídico no único país que conhecem. Isso tem impactos na saúde mental.
As deportações continuam a ser um medo constante para a comunidade. Embora as deportações em massa tenham sido bloqueadas, alguns migrantes solteiros ainda são detidos e deportados caso a caso, causando angústia.
O governo da Eritreia mantém um olhar atento sobre os expatriados e há relatos de que alguns são ameaçados caso se envolvam em atividades de oposição no estrangeiro. Isto complica as divisões políticas entre a comunidade.
Globalmente, embora escapem ao conflito, a maioria dos migrantes eritreus em Israel enfrenta um futuro incerto, com direitos limitados e dificuldades de integração na sociedade israelita. A comunidade permanece politicamente, social e economicamente marginalizada.
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Quais são os impactos na saúde mental enfrentados pelos migrantes mais jovens da Eritreia que cresceram em Israel?
Os migrantes mais jovens da Eritreia que cresceram em Israel enfrentam impactos significativos na saúde mental devido às suas circunstâncias difíceis
- Problemas de identidade: Não
- Questões de identidade: Não se sentirem plenamente aceitos em Israel, que os vê como estranhos, ou ligados à Eritreia, um país que mal conhecem. Isso os deixa num limbo de identidade.
- Ansiedade e depressão: preocupação constante
- PTSD: muitos traumas testemunhados
- Sentido de esperança
- Isolamento social: É difícil adaptar-se à sociedade israelita e também sentir-se afastado dos migrantes mais velhos da Eritreia, com os quais não se conseguem relacionar plenamente. Isso causa solidão e desconexão.
- Problemas de auto-estima: As dificuldades na escola e o sentimento de marginalização prejudicam a sua autoestima e a confiança nas suas capacidades. As taxas de abandono escolar, abuso de substâncias e criminalidade são mais elevadas neste grupo.
São urgentemente necessários políticas adequadas e apoio à saúde mental para enfrentar estes desafios e garantir o bem-estar dos jovens israelitas-eritreus no limbo. Caso contrário, todo o seu futuro estará em alto risco.
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