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Laboratório Nacional de Referência em Saúde Animal de Maisons-Alfort (ANSES): Confirmação da Presença do Vírus da Doença Hemorrágica Epizoótica (EHD) em Bovinos
O Laboratório Nacional de Referência em Saúde Animal de Maisons-Alfort (ANSES) recentemente emitiu uma confirmação alarmante: a presença do vírus da Doença Hemorrágica Epizoótica (EHD) foi detectada em bovinos de três explorações localizadas nos Pirenéus-Atlânticos e nos Altos Pirenéus. Essa descoberta desencadeou uma série de medidas de gestão implementadas pelos serviços do Ministério da Agricultura e Soberania Alimentar, em colaboração com organizações profissionais.
O Que é a Doença Hemorrágica Epizoótica (EHD)?
A Doença Hemorrágica Epizoótica, conhecida como EHD, é uma doença viral que afeta tanto ruminantes selvagens, como veados, quanto ruminantes domésticos, principalmente bovinos e, em menor grau, pequenos ruminantes. A transmissão desse vírus ocorre entre os animais através de insetos sugadores de sangue pertencentes ao gênero Culicoides.
Os sinais clínicos apresentados pelos animais afetados pela EHD são notavelmente semelhantes aos da língua azul (BT), incluindo febre, perda de peso, lesões na boca e dificuldades respiratórias. No entanto, é importante observar que a EHD geralmente resulta em uma taxa de mortalidade muito baixa. Até o momento, não existe uma vacina disponível para prevenir essa doença, e é importante ressaltar que a EHD não é transmissível aos seres humanos.
Disseminação Internacional da EHD
A EHD não é uma doença restrita a uma única região do mundo. Ela tem sido relatada em várias partes do globo, afetando diferentes espécies de animais ruminantes. Nos Estados Unidos, por exemplo, a doença é conhecida há muito tempo e afeta particularmente a gazela de cauda branca. Além disso, a EHD também circula em regiões da Austrália, Ásia, Norte da África e Oriente Médio.
Na Europa, até o momento, foram identificados casos da doença na Itália, especificamente nas ilhas da Sardenha e Sicília, além de Portugal e Espanha. No entanto, uma preocupação crescente surge na Península Ibérica, onde a monitorização revelou um aumento gradual de casos da doença, indo de Sul para Norte e Leste, entre os anos de 2022 e 2023. Recentemente, as autoridades espanholas registraram casos a menos de 100 quilômetros da fronteira francesa.
Consequências Regulatórias da EHD na França
A Doença Hemorrágica Epizoótica é considerada uma doença regulamentada a nível europeu e, como tal, é de notificação obrigatória. Os países afetados têm a responsabilidade de implementar medidas de vigilância rigorosas para monitorar a evolução da doença em termos geográficos e temporais.
No que diz respeito aos movimentos de animais, os regulamentos europeus não impõem restrições ao movimento de animais dentro do território nacional. No entanto, esses regulamentos proíbem o envio de ruminantes provenientes de explorações localizadas em um raio de 150 quilômetros ao redor de cada agregado familiar para outros Estados-Membros da União Europeia, com a exceção de envios diretos para abate em outro Estado-Membro, que ainda são permitidos. As restrições à exportação de animais dependem das exigências de importação estabelecidas por cada país terceiro.
Impactos nas Atividades de Criação e Comerciais
Após a identificação dos três focos da EHD nos Pirenéus-Atlânticos e nos Altos Pirenéus, a interrupção dos movimentos de animais em direção aos Estados da União Europeia afetou diretamente diversos departamentos, sendo eles 64, 65, 40, 32, 31 e 09, que foram completamente afetados, e 40, 33, 47, 82, 81, 11 e 66, que sofreram restrições parciais.
O Ministério da Agricultura e Soberania Alimentar está empenhado em colaborar com as organizações profissionais para facilitar a retomada dos fluxos comerciais com os Estados-Membros da União Europeia e países terceiros que desejam continuar a importar animais de França.
Conclusão
A confirmação da presença do vírus da Doença Hemorrágica Epizoótica (EHD) em bovinos nas regiões dos Pirenéus-Atlânticos e nos Altos Pirenéus é um alerta sério para a comunidade agrícola e pecuária. As medidas regulatórias estão em vigor para conter a disseminação da doença e proteger tanto os animais quanto as atividades comerciais relacionadas. A vigilância constante e a cooperação internacional são essenciais para enfrentar esse desafio de saúde animal.
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