Munições de urânio empobrecido |
Os Estados Unidos estão enviando munições de urânio empobrecido para a Ucrânia como parte de seu apoio à contra-ofensiva ucraniana contra a invasão russa. O secretário de Estado Antony Blinken anunciou um pacote de assistência de um bilhão de dólares para ajudar a impulsionar a resistência ucraniana. As munições de urânio empobrecido fazem parte desse apoio e são destinadas a reforçar a capacidade antitanque das forças ucranianas.
O urânio empobrecido é um subproduto do processo de enriquecimento de urânio ou do processamento de combustível irradiado. Possui uma densidade 1,7 vezes maior que a do chumbo e é conhecido por sua dureza, o que o torna eficaz para perfurar blindagens de tanques. Além disso, o urânio empobrecido tem propriedades pirofóricas, o que significa que, além de perfurar, pode incendiar alvos ao injetar metal fundido no interior do veículo atacado.
Essas munições já foram usadas em conflitos anteriores, como a Primeira e a Segunda Guerra do Golfo, bem como na Guerra do Kosovo. No entanto, seu uso é controverso devido às preocupações com a radioatividade do urânio empobrecido. Mesmo que o impacto na saúde não seja consensual, existe a possibilidade de que essas armas deixem poeira radioativa no ambiente após o uso, o que pode ser inalado ou ingerido, potencialmente causando problemas de saúde.
Os conflitos em que munições de urânio empobrecido foram usadas, como a Guerra do Golfo, resultaram em síndromes documentadas. Populações locais relataram um aumento de casos de leucemia, malformações congênitas e câncer. Os próprios soldados também enfrentaram problemas de saúde, incluindo fadiga inexplicável e perda de memória.
A ligação entre essas síndromes e o urânio empobrecido ainda é objeto de debate e não foi formalmente estabelecida por organizações internacionais. No entanto, alguns países, como a Bélgica, proibiram o uso de armas que contenham urânio empobrecido e até mesmo o investimento em empresas que produzem esse tipo de armamento.
O envio de munições de urânio empobrecido para a Ucrânia não apenas aumenta a capacidade antitanque das forças ucranianas, mas também levanta preocupações sobre os potenciais impactos na saúde e no meio ambiente. A Rússia também possui esse tipo de armamento, e a reação de Moscou enfatizou a natureza prejudicial dessas munições e acusou os Estados Unidos de desumanidade por enviá-las para a Ucrânia. É importante observar que ambos os lados no conflito têm acesso a esse tipo de armamento, tornando-o uma preocupação adicional em uma guerra já complexa e destrutiva.
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