Cenário Político |
Recentemente divulgada, uma pesquisa da Proyección Consultores, realizada entre 16 e 21 de setembro, lançou luz sobre a paisagem política argentina às vésperas das eleições presidenciais em 22 de outubro. O cenário revelado por essa pesquisa apresenta um panorama surpreendente, marcado pela ascensão do candidato libertário de extrema direita, Javier Milei.
Segundo os dados, Milei, da coligação La Libertad Avanza, lidera as intenções de voto com 33,7%, seguido de perto por Sergio Massa, da União pela Pátria (UxP), com 29,1%. Patricia Bullrich, da coalizão Juntos pela Mudança (JxC), aparece em terceiro lugar com 24,2%. A pesquisa também revelou que 8,1% dos entrevistados ainda estavam indecisos, enquanto 4,1% indicaram que votariam em branco.
Um fato notável é a migração de votos de Bullrich para Milei. Bullrich conseguiu manter apenas 60% dos votos do seu ex-rival interno do JxC, Horacio Rodríguez Larreta, com 20% desses votos indo para Milei. Esse fenômeno sinaliza uma mudança significativa no cenário político, com Milei emergindo como uma alternativa atraente para muitos eleitores descontentes.
Além disso, na província de Buenos Aires, Massa obteve uma vantagem de quase 5 pontos sobre Milei, com 31,9% da intenção de voto, seguido por Milei com 26,7% e Bullrich com 23,6%. Axel Kicillof, atual governador da UxP na província de Buenos Aires, está a caminho da reeleição, com 38% dos votos.
O apoio a Milei é interpretado por especialistas como um reflexo da impopularidade da coalizão peronista no poder e da frustração com os partidos políticos tradicionais da Argentina. Milei concentra seus esforços nas grandes cidades do país, incluindo Buenos Aires, província de Buenos Aires e Córdoba, com a esperança de conquistar uma vitória no primeiro turno, obtendo mais de 45% dos votos. Ele também está expandindo sua campanha para outras províncias, como Corrientes e Salta, que antes não recebiam muita atenção.
Enquanto isso, Massa adotou uma estratégia de apelo aos trabalhadores informais, oferecendo um bônus em dinheiro de quase 100.000 pesos (~$250) financiado por um imposto extraordinário sobre as empresas do setor bancário e financeiro. Essa medida, embora destinada a atrair eleitores, levanta preocupações sobre o aumento da inflação, que já está em 124%.
Nesse cenário político complexo, a esquerda argentina, representada pela chapa presidencial da Frente de Izquierda, composta por Myriam Bregman e Nicolás del Caño, está tentando ganhar relevância. Embora historicamente a esquerda tenha lutado para apresentar uma alternativa significativa, a ascensão do peronismo tem sido um obstáculo, impedindo o surgimento de partidos de esquerda competitivos e representativos.
Além dos desafios políticos, a Argentina também enfrenta desafios econômicos consideráveis, incluindo uma dívida comercial recorde e uma taxa de pobreza que deve superar os 40%. Enquanto isso, questões relacionadas ao lítio, uma importante commodity argentina, continuam sendo influenciadas pela política, exigindo uma abordagem cuidadosa para garantir o crescimento sustentável da indústria.
Neste cenário turbulento, a Argentina se prepara para um futuro incerto, onde as escolhas dos eleitores nas próximas eleições terão um impacto significativo no destino do país. O resultado permanece incerto, com cada candidato lutando para conquistar o apoio do eleitorado em meio a desafios econômicos e políticos complexos. Resta aguardar e observar como esses eventos se desenrolarão nas próximas semanas, moldando o futuro político e econômico da Argentina.
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