Líder da oposição do Zimbábue, Chamisa, participa de comício eleitoral em Harare / Foto arquivo: Reuters |
Irregularidades eleitorais: Oposição zimbabuana intensifica posição e pede ação popular
Mobilização popular desafia resultado eleitoral no Zimbábue
O principal partido de oposição do Zimbábue, a Coligação de Cidadãos para a Mudança (CCC), convocou protestos em todo o país e exigiu uma nova votação, alegando irregularidades eleitorais que resultaram na reeleição fraudulenta do Presidente Emmerson Mnangagwa para um segundo mandato.
O apelo da CCC foi feito na sexta-feira, um dia após Mnangagwa afirmar que a votação foi válida e advertir que haveria repressão contra qualquer pessoa que causasse tumultos.
"Aviso a qualquer pessoa que queira trazer o caos a este país que estamos prontos", afirmou ele durante a inauguração de uma fábrica de lítio. "Aqueles que espalharem discurso de ódio serão responsáveis por suas palavras, nossas prisões não estão vazias."
A comissão eleitoral anunciou no sábado à noite que Mnangagwa obteve cerca de 53% dos votos, enquanto o líder da CCC, Nelson Chamisa, ficou em segundo lugar com 44%. O partido no poder, ZANU-PF, de Mnangagwa, venceu as eleições parlamentares, mas não obteve a maioria de dois terços necessária para alterar a constituição.
Analistas questionaram a credibilidade das eleições, que foram prejudicadas pela detenção de observadores eleitorais. O ZANU-PF afirmou que não houve irregularidades e Mnangagwa encorajou qualquer pessoa com queixas a recorrer aos tribunais.
A CCC acusou o ZANU-PF de suprimir votos em áreas onde tem bom desempenho eleitoral, mas até o momento não apresentou nenhuma reclamação legal.
Na sexta-feira, o partido convocou protestos em todas as dez províncias do Zimbábue e pediu aos ativistas que realizassem campanhas online e compartilhassem evidências de má conduta eleitoral.
"Estamos incentivando as pessoas a se comportarem de maneira pacífica. Os protestos são uma decisão do povo. Queremos apenas que o seu voto seja expresso", disse o porta-voz da CCC, Promise Mkwananzi.
A CCC busca a intervenção e mediação de outros países africanos em sua disputa com o partido no poder, mas analistas afirmam que suas chances de anular os resultados eleitorais por meio dos tribunais são mínimas, uma vez que o sistema judicial é visto como controlado pelo ZANU-PF.
A CCC tem sete dias a partir do anúncio dos resultados para entrar com um recurso judicial.
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Quais são as chances de a CCC conseguir anular os resultados eleitorais através dos tribunais?
As chances da CCC de anular os resultados eleitorais por meio dos tribunais são consideradas mínimas, devido a diversos fatores. Primeiramente, o sistema judicial do Zimbábue é frequentemente percebido como sendo influenciado pelo partido no poder, o ZANU-PF. Isso levanta preocupações sobre a imparcialidade e a independência do sistema judicial em casos envolvendo disputas eleitorais.
Além disso, o ZANU-PF tem um histórico de controle do aparato estatal e instituições-chave, o que inclui as instituições judiciais. Isso pode dificultar a obtenção de uma decisão favorável para a CCC nos tribunais.
Também é importante mencionar que a CCC tem um prazo limitado para entrar com um recurso judicial, geralmente sete dias após a declaração dos resultados. Esse período pode ser insuficiente para reunir evidências sólidas e preparar um caso jurídico robusto o suficiente para convencer o tribunal a anular os resultados.
Dito isso, é necessário considerar que as circunstâncias políticas podem mudar e que o resultado final dependerá da dinâmica específica do sistema político e judicial do Zimbábue, bem como da capacidade da CCC de apresentar evidências convincentes de irregularidades eleitorais.
Apesar das dificuldades enfrentadas pela CCC nos tribunais, a mobilização popular e a pressão internacional podem desempenhar um papel importante na defesa de seus interesses e na busca por transparência e justiça no processo eleitoral.
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