Animais marinhos em risco: HPAI se espalha no Peru
HPAI: um perigo crescente para humanos e fauna sul-americana
Investigadores financiados pelo NIAID no Peru expressaram preocupação com a disseminação da gripe aviária altamente patogênica, em inglês (GAAP)-highly pathogenic avian influenza (HPAI), entre aves e mamíferos marinhos. Até recentemente, a América do Sul e sua indústria avícola estavam livres de surtos de GAAP, mas isso mudou. A linhagem 2.3.4.4b da GAAP tipo A/H5N1, que se espalhou da Europa para a América do Norte e depois para a América do Sul, devastou aves selvagens e granjas avícolas. Os cientistas acreditam que o vírus foi introduzido no Peru a partir da América do Norte durante outubro de 2022, possivelmente através de aves migratórias. O vírus infectou aves marinhas locais que compartilham habitats com mamíferos marinhos.
Além disso, outro estudo financiado pelo NIAID documentou a evolução do vírus H5 ao longo de duas décadas, da Europa para a América do Norte e, finalmente, para a América do Sul. Os cientistas começaram a observar mortes de animais ao longo da costa peruana em novembro de 2022, incluindo golfinhos, leões marinhos, sanderlings, pelicanos e biguás. O vírus HPAI A/H5N1 foi identificado nesses animais, e os pesquisadores estudaram como o vírus havia mutado desde sua chegada à América do Sul.
Uma mutação particular de preocupação foi identificada, a PB2 D701N, que estava presente em amostras de leões marinhos e em um caso humano no Chile. Essa mutação está associada à adaptação do vírus a mamíferos e a uma melhor capacidade de transmissão. Os cientistas coletaram 69 amostras de 28 animais e confirmaram a presença da GAAP A/H5N1 em 11 das 12 amostras.
Os pesquisadores alertaram para o risco de a GAAP se espalhar para espécies ameaçadas, como o condor andino, o pinguim de Humboldt e a lontra marinha. Além disso, destacaram a possibilidade de transmissão para populações humanas. Campanhas de conscientização pública foram consideradas essenciais para informar as pessoas sobre os riscos da GAAP e evitar o contato com animais doentes, especialmente durante o verão, quando as praias são frequentadas por banhistas e seus animais de estimação. Trabalhadores envolvidos na limpeza de carcaças de animais infectados também precisam de treinamento adequado em equipamentos de proteção e gerenciamento de resíduos.
Esses estudos enfatizam a necessidade de vigilância ativa e medidas de prevenção para evitar que a GAAP se espalhe ainda mais, tanto entre animais quanto para a população humana. A interconexão entre a saúde humana, animal e ambiental é evidenciada por esses eventos e ressalta a importância de uma abordagem "Uma Só Saúde" para abordar doenças emergentes e zoonóticas.
Essas pesquisas foram financiadas em parte pelo NIAID e destacam a importância da cooperação global e multidisciplinar para abordar questões de saúde global, especialmente em um contexto de pandemias e surtos de doenças zoonóticas, como a COVID-19 e a GAAP.
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