Rússia entrega as primeiras ogivas nucleares à Bielorrússia

Kyrylo Budanov

Transferência de ogivas nucleares para a Bielorrússia gera preocupações sobre segurança na região

Implantação de armas nucleares táticas na Bielorrússia aumenta tensões geopolíticas na Europa Oriental

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Militares bielorrussos despreparados para lidar com armas nucleares, alerta chefe de Inteligência de Defesa Ucraniana

Recentemente, a Rússia entregou as primeiras ogivas nucleares à Bielorrússia, mas os militares bielorrussos estão despreparados para lidar adequadamente com essas armas, de acordo com o chefe da Inteligência de Defesa Ucraniana, Kyrylo Budanov. Em uma entrevista à TV ucraniana 1+1 em 31 de agosto, Budanov afirmou que o envio de armas nucleares para a Bielorrússia é parte de um jogo geopolítico maior e serve como meio de dissuasão, aumentando os riscos na região.

Segundo Budanov, antes da transferência das ogivas nucleares para a Bielorrússia, foram realizados exercícios de treinamento em grande escala, envolvendo simulações de guerra nuclear. Ele teve acesso aos documentos originais desses exercícios e afirmou que eles revelaram que a Bielorrússia estava completamente despreparada para operar armas nucleares. O 12º Departamento Russo, responsável pelo manejo de cargas nucleares, afirmou que a Bielorrússia não possuía capacidade para operar essas armas com base nos resultados dos treinamentos com simuladores nucleares em sistemas de mísseis Iskander.

Em junho, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que a Rússia começaria a implantar armas nucleares táticas na Bielorrússia após 7 e 8 de julho. Posteriormente, em agosto, o presidente polonês, Andrzej Duda, informou que a Rússia estava transferindo armas nucleares de curto alcance para a Bielorrússia.

Essa situação aumenta as tensões na região, uma vez que a presença de armas nucleares em um país despreparado representa um sério risco de segurança. A transferência dessas armas faz parte de um contexto geopolítico mais amplo e pode ter implicações significativas para a estabilidade na Europa Oriental.

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