Rússia utiliza malware para obter vantagem militar na guerra com a Ucrânia

Ferramentas de hacking ‘Infamous Chisel’ desenvolvidas por hackers russos para atingir a Ucrânia

O conjunto de ferramentas tem sido usado para espionar soldados ucranianos no campo de batalha. A gangue por trás disso está intimamente ligada ao governo russo.

Ferramentas de hacking usadas pelo GRU para invadir tablets do campo de batalha ucraniano, como Five Eyes

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Ferramentas de hacking 'Infamous Chisel' são usadas para acessar tablets do exército ucraniano no campo de batalha

Um conjunto de ferramentas de hacking conhecido como "Infamous Chisel" está sendo utilizado por cibercriminosos com laços com o governo russo para acessar tablets usados pelo exército ucraniano no campo de batalha, de acordo com um relatório conjunto do Centro Nacional de Segurança Cibernética (NCSC) do Reino Unido e seus aliados na aliança de segurança Five Eyes.

Rússia utiliza malware para obter vantagem militar na guerra com a Ucrânia, aponta investigação

As ferramentas do Infamous Chisel foram desenvolvidas pelo GRU, os serviços de inteligência militar da Rússia, e têm sido utilizadas para acessar dispositivos Android de oficiais militares ucranianos. O objetivo é obter informações militares, realizando varreduras de arquivos, monitorando o tráfego e roubando periodicamente informações confidenciais. A agência de inteligência ucraniana, SBU, confirmou a utilização dessas ferramentas pelo GRU.

O relatório conjunto divulgado pelos Five Eyes atribui as ferramentas do Infamous Chisel ao grupo de hackers conhecido como Sandworm, que possui ligações diretas com os serviços de inteligência do governo russo. Segundo o relatório, essas ferramentas estão sendo utilizadas pelo GRU para acessar dados militares cruciais dos dispositivos ucranianos, com o objetivo de obter vantagem na guerra que teve início com a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.

A campanha de hacking foi inicialmente divulgada pela SBU, que anunciou ter detectado e bloqueado várias tentativas de invasão por parte de cibercriminosos controlados pelo Estado russo, os quais tentavam invadir o sistema de gerenciamento do campo de batalha ucraniano. A Ucrânia identificou várias amostras de malware projetadas para extrair informações do sistema.

Os resultados da investigação evidenciaram que a Rússia capturou tablets ucranianos no campo de batalha para disseminar malware e comprometer informações. Dentre as variedades de malware direcionadas a dispositivos Android, destacam-se o NETD, que realiza atividades de inteligência interna, o TOR e o DROPBEAR, que estabelecem acesso remoto aos dispositivos, e o DEBLIND, que rouba dados.

Essa campanha de hacking representa uma ameaça significativa à segurança da Ucrânia e ressalta o papel cada vez mais proeminente da cibersegurança no cenário de conflitos militares. A Ucrânia está em constante defesa contra ataques cibernéticos do governo russo, que visam minar seu sistema de comando militar e obter informações estratégicas. O relatório conjunto dos Five Eyes serve como um alerta para a comunidade internacional sobre as atividades de hacking patrocinadas pelo Estado e a necessidade de fortalecer as defesas cibernéticas em nível global.

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