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| Eva Pusztai-Fahidi discursa durante evento organizado pelo Comitê Internacional de Auschwitz para comemorar o 70º aniversário da libertação do campo de extermínio (Markus Schreiber/AP) |
O Legado de Eva Fahidi-Pusztai: Lembrando o Holocausto e Defendendo a Tolerância na Europa
Eva Fahidi-Pusztai, uma notável sobrevivente do Holocausto, faleceu aos 97 anos em Budapeste, Hungria, sem que a causa da morte tenha sido especificada. Sua vida foi marcada por tragédia e resiliência, e ela se tornou uma defensora incansável da memória do Holocausto e do combate ao ressurgimento do populismo de extrema direita e à discriminação contra minorias na Europa.
Eva Fahidi-Pusztai nasceu em 1925, em Debrecen, Hungria, em uma família judia de classe média alta. Em 1936, sua família se converteu ao catolicismo, mas isso não impediu que fossem perseguidos. Em 1944, após a ocupação da Hungria pela Wehrmacht alemã, eles foram forçados a se mudar para um gueto.
Em junho de 1944, a população judaica foi presa em uma fábrica de tijolos e deportada para o campo de extermínio nazista de Auschwitz em diversos transportes. Eva Fahidi-Pusztai tinha apenas 18 anos quando ela e sua família foram deportadas no último transporte para Auschwitz, em 27 de junho de 1944. Tragicamente, sua mãe e sua irmã mais nova foram assassinadas imediatamente após a chegada, e seu pai sucumbiu às condições desumanas do campo meses depois.
Eva Fahidi-Pusztai foi a única sobrevivente de sua família entre os seis milhões de judeus europeus assassinados pelos nazistas durante o Holocausto. Após ser deportada de Auschwitz, ela foi levada para um subcampo do campo de concentração de Buchenwald, onde foi forçada a trabalhar como escrava em uma fábrica de explosivos por 12 horas por dia. Em março de 1945, ela conseguiu escapar em uma chamada "marcha da morte" que levava prisioneiros dos campos de concentração para o oeste, onde foram libertados por soldados americanos com o fim da Segunda Guerra Mundial se aproximando.
No entanto, Eva Fahidi-Pusztai só começou a compartilhar suas memórias traumáticas e a falar sobre o assassinato de sua família muitos anos após sua libertação. Sua vida foi profundamente marcada pela perda, mas sua resiliência e fé na importância da memória a impulsionaram a compartilhar suas experiências com o mundo.
Após a guerra, Eva Fahidi-Pusztai retornou à Hungria, escreveu dois livros sobre suas experiências e visitou escolas na Alemanha para compartilhar suas vivências traumáticas do Holocausto. Ela também se tornou uma colaboradora ativa do Memorial de Buchenwald, trabalhando para garantir que o destino das mulheres judias não fosse esquecido.
Além disso, ela dedicou sua vida a alertar para o ressurgimento do populismo de extrema direita e da discriminação contra minorias na Europa. Sua mensagem era clara: a memória do Holocausto deve ser preservada para que tais horrores nunca mais se repitam.
O Comitê Internacional de Auschwitz expressou profunda tristeza pela perda de Eva Fahidi-Pusztai e destacou a importância de seus livros, que mostraram sua habilidade como contadora de histórias perspicaz e estilista. Seus escritos também serviram como advertência contra o populismo de extrema direita e a violência extremista de direita direcionadas não apenas ao povo judeu, mas também às minorias Sinti e Roma, que também foram perseguidas durante a era nazista.
A morte de Eva Fahidi-Pusztai representa uma perda significativa para a comunidade internacional, que perdeu não apenas uma sobrevivente corajosa do Holocausto, mas também uma voz incansável na luta contra o ódio e a intolerância na Europa. Seu legado continuará a inspirar gerações futuras a lembrar os horrores do Holocausto e a se opor a qualquer forma de discriminação e extremismo.
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