O vice-líder do HEZBOLLAH, Sheikh Naim Qassem, fala em Beirute, em um comício de apoio aos palestinos em Gaza |
Por ERFAN FARD
No cenário atual, diante dessa complexa conjuntura, é imprescindível uma análise meticulosa da dinâmica regional, esforços diplomáticos e uma compreensão profunda dos objetivos e motivações que impulsionam esses grupos terroristas e seus apoiadores. A abordagem apropriada exige um exame cuidadoso dos meandros geopolíticos envolvidos.
No epicentro desse tumulto, as Forças de Defesa de Israel (FDI) têm orquestrado operações cirúrgicas contra alvos terroristas do Hezbollah no Líbano, demonstrando êxito em ataques direcionados a várias localidades ao sul do Líbano. Estes alvos incluíam um posto de observação estrategicamente situado próximo à costa, de onde foram lançados mísseis antitanque na direção de Rosh Hanikra na última quarta-feira.
Enquanto isso, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, emitiu um alerta contundente na noite de segunda-feira, indicando que representantes do Irã no Oriente Médio poderiam lançar ataques preventivos contra Israel em um prazo muito breve. Esse aviso precedeu os ataques israelenses ao Hezbollah no Líbano, ocorrendo poucas horas após o alerta iraniano sobre "ações preventivas".
O Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, ressaltou sua intenção de desafiar os Estados Unidos e Israel, afirmando que, se os ataques israelenses a Gaza continuarem, o "Eixo da Resistência" retaliará vigorosamente. Esta declaração implica um envolvimento direto no ataque do Hamas e, aparentemente, recebeu aprovação da Rússia, adicionando uma camada de complexidade a essa dinâmica já intrincada.
O termo "forças de resistência", como mencionado por Ali Khamenei, engloba uma rede transnacional de grupos criminosos terroristas apoiados pelo regime do mulá no Irã. Isso inclui organizações como o Hamas, a Jihad Islâmica Palestina, o Hezbollah no Líbano, o Hashd al-Shaabi no Iraque e os Houthis no Iémen, além de entidades como as brigadas Fatemiyoun e Zainbiyoun na Síria. O Irã tem perpetuado e ampliado os conflitos na região, oferecendo apoio financeiro e militar a esses grupos, intensificando ainda mais a intriga política e militar na área.
É crucial notar que tanto o Hamas quanto o Hezbollah, embora distintos em suas origens e operações, compartilham semelhanças e laços ideológicos, principalmente em sua hostilidade comum em relação a Israel e em uma ideologia destrutiva similar.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, encontrou-se com o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no Catar em 15 de outubro de 2023. Esse encontro, em meio às crescentes tensões, ilustra a complexidade das relações diplomáticas na região, com nuances que escapam à percepção superficial.
Em suma, a possível aliança entre o Hezbollah e o Hamas, encorajada pelo Irã, não apenas aumenta o nível de perplexidade nesta intrincada situação, mas também levanta questões profundas sobre o equilíbrio de poder na região e as implicações que tal aliança pode ter para as futuras dinâmicas geopolíticas no Oriente Médio. A análise aprofundada desses eventos é crucial para entender a complexidade dessas relações e para antecipar os desdobramentos futuros.
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Editado:O escritor é analista de contraterrorismo e pesquisador de estudos do Oriente Médio baseado em Washington. Ele é um curdo judeu do Irã e autor de The Gruesome Mullah. Veja mais em www.erfanfard.com.
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