Mauritânia,África |
Em 9 de setembro de 2023, a Diretoria de Informação Estratégica e Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde da Mauritânia recebeu um comunicado do Instituto Nacional de Investigação em Saúde Pública sobre um caso confirmado de febre hemorrágica da Crimeia-Congo (CCHF). A paciente em questão é uma jovem dona de casa de 23 anos, residente na pitoresca localidade de Libheir, situada no tranquilo distrito de Barkeol, na região de Assaba, ao sul do país. Curiosamente, ela não possuía histórico de picadas de carrapato, tornando o diagnóstico ainda mais intrigante.
No dia 5 de setembro de 2023, a paciente começou a manifestar sintomas alarmantes, como febre alta, fadiga debilitante, dores de cabeça persistentes, episódios de vômitos angustiantes, diarreia incômoda e dores abdominais e articulares que desafiavam sua resistência. Mesmo após receber um tratamento sintomático em casa, sua febre persistia, compelindo sua família a levá-la ao Centro Hospitalar Nacional de Nouakchott no dia seguinte. Foi lá que a situação se agravou: equimoses misteriosas começaram a aparecer em sua pele, e, para a surpresa de todos, ela começou a sangrar pelo nariz, um evento perturbador que deixou a equipe médica perplexa. Rapidamente, uma amostra de seu sangue foi coletada e enviada ao respeitável Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde Pública para análises aprofundadas.
Enquanto isso, duas figuras da mesma família, a avó e a tia do caso confirmado, suspeitando também estar sofrendo de febre hemorrágica viral, foram transferidas para o Hospital Regional de Kiffa em 28 de agosto de 2023. No entanto, o destino delas foi trágico; ambas faleceram posteriormente, mergulhando a família em uma tristeza profunda e insondável. Os médicos, perplexos diante dessa situação desconcertante, coletaram uma amostra de sangue da tia, esperando encontrar alguma pista nos elementos microscópicos de seu corpo. No entanto, os resultados dos testes foram negativos para CCHF, dengue e febre do Vale do Rift em 2 de setembro de 2023, adicionando um novo nível de mistério a essa narrativa já enigmática.
Até o momento, não foi possível estabelecer de forma definitiva uma ligação epidemiológica entre o caso confirmado e as duas mortes na mesma família, mesmo que o sangue que corre em suas veias seja o mesmo. Essa falta de ligação apenas intensifica o enigma que envolve esse surto misterioso.
Surpreendentemente, este não é o primeiro enigma desse tipo a atingir a Mauritânia em 2023. Um homem de 58 anos do distrito de Tevarett, na região de Nouakchott Norte, foi a vítima inaugural desse pesadelo. Ele teria sido infectado no distrito de Ouad Naga, na região de Trarza. Infelizmente, ele não sobreviveu à terrível dança do CCHF, encontrando seu destino fatídico em Dakar, Senegal, em 26 de julho de 2023. Seus resultados positivos para CCHF foram confirmados em 27 de julho de 2023. Até agora, nenhuma conexão evidente foi estabelecida entre esses dois casos alarmantes.
O panorama se torna ainda mais sombrio quando observamos os números. Entre a semana 1 e a semana 37 de 2023, mais de 70 casos suspeitos de CCHF foram notificados na Mauritânia, um aumento assustador que envolveu a comunidade em um véu de incerteza e medo.
Diante dessa encruzilhada sinistra, medidas extraordinárias foram postas em prática para conter o avanço implacável da CCHF. O sistema de gestão de incidentes, habilmente implementado em julho de 2023 após a confirmação do primeiro caso em Dakar, foi reativado. Uma reunião de coordenação de emergência foi meticulosamente organizada em 11 de setembro de 2023 para estrategicamente planejar a resposta a esse surto que desafia a compreensão. Além disso, investigações minuciosas estão em andamento, enquanto uma busca ativa de casos é realizada na área afetada. Quarenta contatos relacionados ao caso foram minuciosamente identificados e estão sendo monitorados de perto, na esperança de decifrar os segredos do CCHF.
Amostras preciosas de animais domesticados e carrapatos foram coletadas com extremo cuidado e enviadas para o respeitável Gabinete Nacional de Investigação e Desenvolvimento da Criação e Pastoral (ONARDEP) para análises detalhadas. Os resultados dessas análises estão pendentes, e a expectativa é palpável, carregada de esperança e temor.
Ao interpretar essa situação intrigante, torna-se evidente que os surtos de febre hemorrágica da Crimeia-Congo não são estranhos à Mauritânia. Na verdade, eles são recorrentes, lançando uma sombra assustadora sobre uma nação que depende, em grande parte, da agricultura e da pecuária. Essa dependência torna-se uma vulnerabilidade alarmante quando as medidas de controle não são rigidamente reforçadas. A necessidade premente de educar continuamente as populações sobre medidas preventivas torna-se evidente. Isso inclui práticas aparentemente simples, como o uso de roupas protetoras e claras em áreas infestadas por carrapatos, o controle meticuloso de infestações por carrapatos com acaricidas aprovados e a utilização de roupas protetoras ao manusear animais.
Nesse cenário de incerteza e intriga, reforçar os protocolos de prevenção e controle de infecções nas instalações de saúde torna-se crucial. Além disso, é imperativo fornecer apoio vigoroso para a implementação de intervenções One Health em nível comunitário, uma abordagem que integra a saúde humana, animal e ambiental para desvendar esse enigma e proteger as comunidades da Mauritânia contra futuros enigmas virais.
Com mais de 70 casos suspeitos este ano, a Mauritânia continua a enfrentar a CCHF endêmica. Como observado no resumo final, estratégias de controle de carrapatos para pessoas e gado emergem como a melhor esperança para minimizar a potencial exposição humana à CCHF. Neste complexo quebra-cabeça epidemiológico, a esperança reside na determinação incansável dos pesquisadores e profissionais de saúde, que trabalham incansavelmente para decifrar os segredos dessa doença misteriosa e proteger as vidas preciosas da Mauritânia.
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