Vista panorâmica da gigantesca geleira Perito Moreno, sua língua e lagoa na Patagônia no outono dourado, Argentina |
LAMENTÁVEL EPISÓDIO NA ARGENTINA: SURTO DE H5N1 RESULTA EM TRAGÉDIA PARA ELEFANTES-MARINHOS
Em uma notícia alarmante vindoura da Argentina, uma tragédia ambiental de proporções assustadoras atingiu a Península Valdés. Em 25 de outubro de 2023, o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (SENASA) confirmou a presença do vírus da gripe aviária H5N1 em filhotes de elefantes-marinhos, levando a uma mortalidade em massa dessa adorável espécie.
A devastação é incomensurável. Estima-se que quase toda a ninhada tenha sido perdida. O destino das fêmeas reprodutivas permanece desconhecido, pois parecem ter abandonado as praias prematuramente, deixando uma cena de desolação e tristeza.
Os elefantes-marinhos, membros majestosos da família dos focídeos, são encontrados em várias regiões do Hemisfério Sul, incluindo a Geórgia do Sul, a Ilha Macquarie e as costas da Nova Zelândia, Tasmânia, África do Sul, Argentina e Chile. Na Península Valdés, localizada na província de Chubut, situa-se a única colônia reprodutiva continental destas criaturas impressionantes, com uma produção anual de aproximadamente 16 mil filhotes. No entanto, a chegada do H5N1 parece ter aniquilado as esperanças desta colônia, provocando uma queda alarmante na produção reprodutiva deste ano.
A situação é ainda mais angustiante quando consideramos as outras vítimas dessa calamidade. Gaivotas de algas (Larus dominicanus) e andorinhas-do-mar sul-americanas (Sterna hirundinacea) também foram encontradas nos mesmos locais, confirmadas como portadoras do vírus. Este não é apenas um golpe para os elefantes-marinhos, mas também para a rica diversidade de aves marinhas que compartilham este habitat.
O Dr. Marcela Uhart da UC Davis e a Dra. Valeria Falabella da WCS confirmaram o surto, ressaltando seu impacto devastador na população de elefantes-marinhos da Península Valdés. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) classifica as duas espécies de elefantes-marinhos como de menor preocupação, mas este evento trágico coloca em xeque a viabilidade futura dessas criaturas magníficas nesta região específica.
Enquanto a comunidade científica e as autoridades argentinas se unem para entender completamente essa epidemia, é um lembrete sombrio da fragilidade dos ecossistemas e da necessidade urgente de medidas para proteger as espécies vulneráveis e os habitats naturais. O mundo observa com pesar e esperança, esperando que medidas adequadas sejam tomadas para evitar futuras tragédias como essa.
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