A moeda argentina ultrapassou a barreira psicológica de 1.000 pesos por dólar americano no início desta semana. |
No coração de Buenos Aires, a pulseira econômica da Argentina palpitava com uma decisão que reverberou além das paredes do Banco Central. Num cenário de agitação política e crise econômica, a instituição elevou a taxa básica de juros do país, um movimento que ecoou de 118% para 133% em 12 de outubro. Este incremento veio à luz de dados inflacionários alarmantes, que superaram as previsões, lançando sombras sobre a iminente eleição presidencial.
A divulgação dos números da inflação de setembro foi um golpe nos ânimos, registrando uma ascensão inesperada de 12,7% mensais e 138% anuais. Esse aumento de preços corroeu os salários, esgotou as economias e mergulhou dois em cada cinco argentinos abaixo da linha da pobreza. Enquanto o país se preparava para as eleições gerais em 22 de outubro, a economia, já frágil, enfrentava uma tormenta que testava sua resiliência.
O Banco Central lutava para alinhar sua taxa de juros com as projeções inflacionárias. No entanto, uma pesquisa interna revelou uma previsão sombria: a inflação poderia ultrapassar 180% até o final do ano. O aumento repentino levou muitos observadores a questionar a eficácia dessa medida em um cenário onde as expectativas pareciam ter desaparecido, uma realidade que um gestor nacional de um banco privado reconheceu sob anonimato.
A situação agravou-se com a desvalorização do peso pelo governo, um golpe que somou quase 18% em agosto. Esse movimento coincidiu com um aumento anterior da taxa de juros pelo Banco Central, que saltou de 97% para 118%. Desde então, o peso argentino despencou rapidamente, cruzando a barreira psicológica de 1.000 pesos por dólar americano. Enquanto isso, a nação se preparava para escolher seu próximo líder, com o libertário radical Javier Milei emergindo como um candidato surpreendente após liderar as primárias de agosto.
Milei, um defensor fervoroso da dolarização da economia e do fechamento do Banco Central, desafiou a lógica convencional. Em suas palavras, o peso argentino nem sequer merecia ser considerado moeda. Ele aconselhou os depositantes a evitar renovar suas participações bancárias em pesos, argumentando que a moeda era pouco mais que um "excremento" no contexto econômico atual.
O aumento da taxa do Banco Central em 12 de outubro, de 118% para 133%, foi precedido por um frenesi de informações. Inicialmente, especulou-se que a taxa seria elevada para 145%, mas uma reviravolta de última hora ocorreu, supostamente devido a uma fuga de informação divulgada pela Reuters. Esse episódio ilustra a volatilidade e a incerteza que permeiam a economia argentina, uma dança delicada entre política, finanças e o pulso da nação.
À medida que a Argentina se aproximava das urnas, a nação estava imersa numa encruzilhada. Entre o aumento das taxas de juros, a desvalorização do peso e a promessa radical de Milei de transformação econômica, a decisão do Banco Central reverberava como um eco distante, deixando os argentinos a ponderar sobre o futuro de sua pátria.
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