Atenas, Grécia |
Conforme já discutimos anteriormente, por trás e além das conquistas notáveis da democracia, filosofia e medicina na Grécia Antiga, escondia-se uma realidade muito mais sombria. Essa realidade estava intrinsecamente ligada às condições de vida extremamente árduas e à ausência dos avanços médicos e tecnológicos dos tempos modernos.
É fácil compreender que, nas eras antigas da Grécia e Roma, existiam múltiplos motivos para o óbito, resultando em uma expectativa de vida que faz com que nossos atuais 81 anos ou mais pareçam verdadeira ficção científica.
Morte no Parto:
A questão não se limitava à Grécia e Roma antigas; era uma realidade em todas as sociedades que precederam o século XVIII, pelo menos. A causa mais comum de óbito era a complicação durante o parto. A falta de conhecimento médico e a fragilidade do sistema imunológico frequentemente levavam à morte de mulheres durante o parto ou ao óbito de bebês durante o primeiro ano de vida. Estamos falando de uma assustadora porcentagem de 25% a 30% de crianças que não sobreviviam até completarem seu primeiro ano de vida.
Peste e Epidemias:
Doenças como a peste (peste bubônica) dizimaram grandes segmentos da população na Grécia e Roma Antigas. Essas epidemias frequentemente se estendiam por vários anos. Um exemplo notório é a famosa Peste Antonina, que assolou o Império Romano de 164 a.C. a 180 a.C. Esse surto, provavelmente causado pelo vírus da peste ou do sarampo, estima-se que tenha levado à morte de 15% da população romana, gerando uma profunda crise econômica e política devido às mudanças demográficas significativas.
Mortes por Doenças Bacterianas:
Outras doenças, causadas por bactérias e germes, também eram prevalentes, especialmente devido às deficientes condições sanitárias da época, com a ausência de sistemas de esgoto, pelo menos na Grécia Antiga. Isso tornava mais fácil a propagação de infecções bacterianas, como a Grande Peste de Atenas, que eclodiu no início da Guerra do Peloponeso e resultou em uma epidemia de tifo, matando cerca de 100.000 pessoas na área metropolitana de Atenas, que tinha cerca de 500.000 habitantes.
Guerras Constantes:
Além das doenças e mortes durante o parto, as guerras eram uma causa comum de morte. A campanha de Alexandre, o Grande, por exemplo, estima-se que tenha resultado em cerca de 200.000 mortes em apenas 15 anos. As Guerras Púnicas, que tornaram Roma uma superpotência, custaram a vida de mais de 1 milhão de pessoas em seu total. Em algumas batalhas, as legiões romanas sofreram a perda de até 20.000 soldados.
Desnutrição:
Em períodos de escassez de alimentos, a desnutrição era uma ameaça constante e poderia levar à morte, especialmente entre crianças e idosos.
Acidentes:
Acidentes comuns, como quedas, afogamentos e acidentes de trabalho, poderiam levar à morte devido à falta de cuidados médicos avançados.
Envenenamento:
Envenenamento acidental ou intencional também era uma causa de morte, especialmente em contextos políticos ou pessoais.
Outras Causas de Morte:
É importante ressaltar que existiam várias outras causas de morte no mundo antigo. O crime era endêmico, dada a falta de policiamento eficaz, e o valor da vida humana era substancialmente diferente do que é hoje. Além disso, incêndios frequentes assolavam as grandes cidades. Em 64 a.C., um incêndio em Roma ceifou a vida de mais de 12.000 pessoas. Também ocorriam mortes devido a doenças venéreas, câncer e o abuso de substâncias como álcool e ópio.
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