Contribuições financeiras dos judeus americanos para Israel crescem em meio às atrocidades cometidas pelo Hamas.

UJA Federation New York

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Nas últimas semanas, uma onda avassaladora de generosidade varreu a comunidade judaica nos Estados Unidos, uma resposta inigualável aos terríveis eventos em Israel. Desde o fatídico dia em que 2.500 terroristas do Hamas invadiram Israel, deixando milhares de civis mortos e feridos, uma série de doações inundou organizações como o Movimento Sionista Americano e as Federações Judaicas da América do Norte (JFNA). A intensidade e a magnitude dessas contribuições não têm precedentes na vida adulta, marcando um momento singular na história contemporânea.

Pessoas de todos os cantos do país, movidas pela angústia e pelo desejo de ajudar, entraram em ação. As mensagens incessantes nos telefones de líderes como Herbert Block, diretor executivo do Movimento Sionista Americano, refletem o clamor de uma nação unida em solidariedade a Israel. Elas buscam respostas para uma pergunta uníssona: como podem ajudar, como podem doar em apoio ao povo de Israel?

Julie Platt, presidente da JFNA, testemunha que este momento é inigualável em sua experiência. Ela relembra períodos semelhantes durante sua infância, após a Guerra dos Seis Dias em 1967 e a Guerra do Yom Kippur em 1973, quando os judeus americanos abriram seus bolsos temendo pela sobrevivência de Israel. No entanto, o que estamos vivenciando agora transcende essas memórias. A corrente de apoio parece uma enchente imparável, trazendo consigo uma maré de generosidade que desafia todas as expectativas.

O que se destaca não é apenas a intensidade das doações, mas também as cifras substanciais envolvidas. Indivíduos estão contribuindo com quantias impressionantes, muitos doando 10, 25, até 50 mil dólares. Gil Preuss, CEO da Federação Judaica da Grande Washington, testemunha esse fenômeno em sua região, onde comunidades inteiras se uniram em apoio, ultrapassando a marca de 10 milhões de dólares.

Este avassalador movimento solidário acontece em meio a tensões históricas entre Israel e a comunidade judaica nos Estados Unidos. Anos de distanciamento e inquietação foram momentaneamente superados por uma onda de empatia. Mesmo aqueles que se sentiam alienados de Israel encontraram uma maneira tangível de expressar sua solidariedade. Casais, grupos de amigos, indivíduos que nunca antes haviam considerado tal contribuição agora estão se unindo para oferecer seu apoio financeiro.

A facilidade atual em doar diretamente para instituições de caridade israelitas, possibilitada pela tecnologia, diversificou os destinos do auxílio financeiro. No entanto, apesar dessa ampla gama de opções, as instituições tradicionais, como sinagogas e federações, permanecem robustas. A Sinagoga Park Avenue em Nova Iorque, por exemplo, estabeleceu uma meta extraordinária de 18 milhões de dólares. Em um gesto notável, os fiéis desconsideraram até mesmo a observância do sábado, mostrando sua dedicação à causa e alcançando essa meta em tempo recorde.

Mesmo organizações que normalmente se concentram mais em defesa de direitos do que em arrecadação de fundos estão se mobilizando. O Movimento Sionista Mundial, liderado por Herbert Block, está próximo de atingir a marca de 100 mil dólares. Este esforço, embora modesto em comparação com outras contribuições massivas, representa um gesto significativo em meio a essa avalanche de generosidade.

Doar tornou-se a maneira mais imediata e concreta para os judeus americanos expressarem sua dor, medo e amor pelo povo de Israel. Em um momento de desamparo diante das imagens e relatos angustiantes, a doação se torna uma resposta tangível. A singularidade desta situação é verdadeiramente sem precedentes em todos os aspectos. Nossa nação testemunha um movimento solidário que ecoará através das páginas da história, marcando este momento como uma demonstração notável da união e compaixão humanas.

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