Alce |
Uma pesquisa inovadora conduzida pela Universidade Estadual de Washington sobre a doença dos cascos associada ao treponema dos alces está lançando luz sobre um fenômeno surpreendente: a condição não se limita a deformidades nos cascos dos alces, mas tem implicações moleculares em todo o sistema dos animais. Os cientistas descobriram que essas alterações podem ser herdadas, suscitando a questão intrigante sobre se as gerações futuras de alces poderiam ser mais ou menos suscetíveis a essa doença devastadora, que prejudica significativamente a capacidade dos alces de encontrar comida e escapar de predadores.
Michael Skinner, biólogo da WSU e autor sênior do estudo, destacou que a presença dos organismos causadores da doença não apenas afeta a simples existência da infecção, mas tem um impacto profundo em toda a fisiologia do animal, influenciando cada célula. A pesquisa se concentrou em alterações epigenéticas, um processo molecular que pode alterar o comportamento dos genes independentemente da sequência de DNA, mostrando que fatores infecciosos também podem desencadear essas mudanças.
O estudo examinou células de tendões das pernas de alces Roosevelt e das Montanhas Rochosas, tanto infectados quanto não infectados, coletados em várias áreas dos Estados Unidos. As alterações epigenéticas associadas à doença foram observadas apenas nos alces infectados, indicando que essas mudanças se estendem por todo o sistema do animal, apesar de as células dos tendões estarem distantes da infecção nos cascos.
Embora a doença tenha sido previamente atribuída à bactéria treponema, os pesquisadores agora acreditam que múltiplas bactérias podem estar envolvidas. A equipe liderada por Margaret Wild, veterinária de vida selvagem da WSU, está realizando estudos adicionais em alces em cativeiro para entender melhor como a doença é transmitida. Eles estão explorando variáveis como a dieta dos animais, que podem alterar sua susceptibilidade à doença.
É importante notar que, até o momento, a doença do casco associada ao treponema não foi detectada em nenhuma outra espécie selvagem, além dos alces. Os cientistas da WSU estão investigando possíveis conexões com a dermatite digital bovina, uma condição comum em bovinos, e também estão usando modelagem computacional para identificar locais onde os alces têm maior probabilidade de contrair a doença com base em fatores ambientais.
Este estudo representa um avanço significativo na compreensão dessa doença emergente e pouco compreendida. Os pesquisadores esperam que suas descobertas incentivem uma abordagem multifacetada para entender os impactos dessa condição nos alces individuais e nas populações, auxiliando assim os gestores da vida selvagem a desenvolver estratégias para lidar com esta doença ainda pouco conhecida.
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