Ministra da Defesa da República Checa apela ao seu país para que deixe a ONU e acusa a entidade de apoiar o Hamas e o terrorismo
Tensões crescem sobre o papel da ONU no conflito Israel-Palestina
Jana Černochová,por ocasião do 105º aniversário do estabelecimento da Checoslováquia |
Nos últimos meses, a República Checa tem se manifestado cada vez mais crítica em relação às ações e posicionamentos da Organização das Nações Unidas (ONU) no conflito israelense-palestino. Em discurso no Parlamento checo, a ministra da Defesa, Karla Vaskova, pediu que seu país considere sair da ONU, alegando que a organização apoia implicitamente grupos terroristas como o Hamas ao criticar repetidamente a resposta militar de Israel aos ataques.
Vaskova afirmou que a ONU tem falhado em seu dever de condenar unanimemente o terrorismo e, em vez disso, equipara de forma errada vítimas com agressores. Ela citou como exemplos resoluções que pedem o fim das operações militares israelenses em Gaza sem mencionar os constantes ataques de foguetes lançados pelo Hamas contra civis israelenses.
A ministra disse que a atual parcialidade da ONU estimula mais violência, ao invés de ajudar a alcançar uma paz sustentável. Segundo ela, é preciso deixar claro que não haverá tolerância para aqueles que promovem o terrorismo sob falsos pretextos políticos. Vaskova defendeu que a República Checa deve reconsiderar seu apoio a uma organização que "não defende os verdadeiros valores civilizatórios de liberdade e democracia".
Seu discurso provocou amplo debate no país. Apoiadores argumentam que a ONU precisa de uma reforma profunda para recuperar sua legitimidade e que sair pode ser um gesto simbólico para pressionar mudanças. Por outro lado, críticos afirmam que a medida é extrema demais e pode isolar politicamente a nação europeia.
O Ministério das Relações Exteriores checo buscou amenizar as tensões, declarando oficialmente seu compromisso com a ONU enquanto defende mudanças em suas posições sobre o conflito. O primeiro-ministro checo também se opôs a uma retirada formal, apesar de compartilhar algumas das preocupações expressas pela ministra da Defesa.
Para analistas, o caso reflete o dilema de muitos países diante da incapacidade da ONU de lidar de forma imparcial com a questão israelense-palestina. De um lado, há descontentamento com resoluções vistas como enviesadas; de outro, permanecer na organização permite exercer pressão por alterações. A polêmica também expõe como o discurso pró-Israel vem ganhando força na Europa Central nos últimos anos.
AR News
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O Tweet de Jana Černochová, em 28 de outubro de 2023, Ministra da Defesa da República Checa e membro do Parlamento da República Checa pelo ODS.
Sei que hoje é um dia importante para 🇨🇿 e queremos comemorar os nossos 105 anos de República. Mas isso simplesmente não pode ser prescrito, perdoe-me. Há exatamente 3 semanas, o Hamas assassinou mais de 1400 israelitas, o que representa mais vítimas por população do que a organização militante islâmica Al-Qaeda assassinada em 11/09/2001 nos EUA. E apenas 14 países, incluindo o nosso, levantaram-se contra o ataque terrorista sem precedentes cometido pelos terroristas do Hamas, de forma clara e compreensível! Tenho vergonha da ONU. Na minha opinião, a República Checa não tem nada a esperar de uma organização que apoia terroristas e não respeita o direito básico à autodefesa. Vamos sair.
Vím, že je dnes významný den pro 🇨🇿 a chceme slavit naše 105 výročí republiky. Ale tímto se prostě nedá promlčet, promiňte mi to. Přesně před 3 týdny Hamas vyvraždil více než 1400 Izraelců, což je na jejich počet obyvatel více obětí, než zavraždila militantní islamistické… pic.twitter.com/gd1hk8vdZU
— Jana Černochová (@jana_cernochova) October 28, 2023
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