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Armita Garavand foi ferida em um confronto com policiais femininas na rede de metrô, acusada de violar o rigoroso código de vestimenta iraniano para mulheres |
A saúde de uma jovem iraniana de 16 anos, Armita Garavand, que está em coma desde um incidente no metrô de Teerã, deteriorou-se no hospital, informou a mídia local na quarta-feira.
Segundo a agência de notícias estatal IRNA, Armita Garavand desmaiou devido à pressão arterial baixa. No entanto, um grupo de direitos humanos focado na comunidade curda alega que ela foi ferida em um confronto com policiais femininas na rede de metrô, acusada de violar o rigoroso código de vestimenta iraniano para mulheres.
"Apesar dos esforços incessantes da equipe médica do Hospital Fajr, os sinais vitais relativamente estáveis de Armita Garavand mudaram e pioraram nos últimos dias", afirmou a agência de notícias Borna, ligada ao Ministério do Esporte. "No entanto, os médicos continuam a trabalhar arduamente para melhorar a condição de Armita Garavand."
Garavand reside em Teerã, mas é natural da cidade de Kermanshah, localizada a cerca de 500 quilômetros da capital iraniana, no oeste do Irã, uma região predominantemente habitada por curdos.
Países ocidentais, incluindo Alemanha e Estados Unidos, juntamente com grupos de direitos humanos, expressaram preocupações sobre o caso após a circulação de um vídeo supostamente mostrando o incidente nas redes sociais.
Em setembro do ano passado, a morte de outra mulher iraniana curda, Mahsa Amini, por suposta violação do rígido código de vestimenta da República Islâmica para mulheres, causou protestos generalizados. Amini foi detida perto de uma estação de metrô em Teerã.
Garavand, que estava acompanhada de amigos e aparentemente sem véu na cabeça, teria sido empurrada para dentro do trem do metrô por agentes policiais do sexo feminino.
Na semana passada, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanani, criticou os comentários ocidentais sobre o caso como "intervencionistas". O chefe do sistema de metrô de Teerã também negou qualquer altercação verbal ou física entre a adolescente e os passageiros ou funcionários, conforme relatado pela IRNA em entrevistas com duas amigas de Garavand que confirmaram o incidente.
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