Pesquisas indicam a presença de resistência ao tecovirimat em indivíduos com varíola dos macacos (mpox) que apresentam um sistema imunológico comprometido.
O vírus Pox, Mpox (varíola de macaco) flui com DNA dentro. |
Estudo recentemente publicado na revista Emerging Infectious Diseases, foi revelado que noventa e seis isolados provenientes de 46 pacientes nos Estados Unidos, todos afetados pelo vírus mpox, mostraram resistência ao medicamento antiviral tecovirimat (Tpoxx). O estudo, conduzido por uma equipe de pesquisa dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), testou 124 isolados provenientes de 68 pacientes durante o surto global de mpox que teve início em maio de 2022.
Os cientistas descobriram que o gene MPXV F13L, responsável pelo alvo do tecovirimat, sofreu alterações em um único aminoácido, levando à resistência ao medicamento. O sequenciamento genômico identificou 11 mutações previamente conhecidas como causadoras de resistência, juntamente com 13 novas mutações. É intrigante notar que a maioria dos isolados resistentes provinha de pacientes com sistemas imunitários severamente comprometidos, que haviam recebido vários ciclos do medicamento. Em contraste, os isolados obtidos através da vigilância de rotina, em pacientes que não foram tratados com tecovirimat, mostraram-se sensíveis ao medicamento.
A resistência antiviral é uma preocupação crescente, como evidenciado por um caso recente publicado pela Universidade de Stanford. Um paciente de 35 anos, diagnosticado com mpox e portador do vírus da imunodeficiência humana (VIH/SIDA), apresentava suspeita de resistência ao tecovirimat. Após duas semanas de tratamento com tecovirimat, suas lesões cutâneas se agravaram, levando a uma reapresentação com lesões ulceradas em várias partes do corpo, incluindo nariz, dedos, pés, regiões anogenitais e abdômen.
Apesar da continuação do tratamento com tecovirimat e a administração de preparações intravenosas e tópicas do antiviral cidofovir, as lesões persistiram e novas começaram a surgir. A análise genômica revelou mutações associadas à resistência, explicando a falta de resposta ao tratamento padrão.
Os médicos que lidam com pacientes portadores de mpox devem, portanto, avaliar cuidadosamente a imunodeficiência subjacente, especialmente no caso de pacientes com VIH/SIDA, e considerar a possibilidade de resistência antiviral em situações em que as terapias convencionais não surtem efeito.
Este estudo enfatiza a importância da vigilância contínua e da pesquisa em torno das mutações virais e da resistência aos medicamentos antivirais. A compreensão profunda desses fenômenos é crucial para desenvolver estratégias eficazes de tratamento e controle das doenças virais, garantindo assim a saúde e a segurança das populações afetadas.
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