As facções palestinas no Líbano clamam pelo respaldo do Hezbollah para confrontar Israel, mas as próximas movimentações permanecem enigmáticas.
Suas esperanças estão ancoradas na possibilidade de o grupo xiita Hezbollah, respaldado pelos xiitas, liderar um ataque conjunto contra Israel, conforme indicam combatentes e analistas.
"Onde quer que [Israel] esteja preparada para o confronto, este ocorrerá", afirmou Ahmed Habet, membro do partido palestino Fatah, no Burj al-Barajneh, um campo de refugiados na capital libanesa, Beirute. "Eu sou o sangue da minha terra natal. Eu existo para servir à minha terra natal, não para o futuro", adicionou, expressando o vínculo intrínseco que os palestinos mantêm com suas terras ancestrais.
A perspectiva de um embate total entre Israel e o Hezbollah, com o respaldo das facções palestinas, paira como uma ameaça iminente, capaz de arrastar o Líbano e toda a região para um conflito catastrófico. Desde o último sábado, mais de 700 israelenses e 500 palestinos perderam suas vidas em decorrência da surpreendente ofensiva lançada pelo Hamas a partir da Faixa de Gaza, um território há 16 anos submetido ao cerco israelense. Gaza, onde residem dois milhões de pessoas, é descrita por grupos de defesa dos direitos humanos como a "maior prisão ao ar livre do mundo".
Em resposta, Israel anunciou um "bloqueio total" sobre o enclave costeiro, cortando o fornecimento de água, alimentos e eletricidade. Sob a égide do direito internacional, essa medida constitui um crime contra a humanidade, um ato de punição coletiva contra os civis de Gaza, que se encontram encurralados sem meios de fuga devido ao bloqueio implacável.
No entanto, as facções palestinas no Líbano, como Hamas, Fatah e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), não possuem capacidade suficiente para sustentar um ataque eficaz contra Israel por conta própria. Nesse cenário, entra em cena o Hezbollah, que no último domingo lançou ataques de morteiros do Líbano sobre as Fazendas Shebaa ocupadas. Em retaliação, Israel respondeu com intensos ataques de artilharia, simultaneamente enfrentando os combatentes do Hamas no sul de Israel, enquanto bombardeava a Faixa de Gaza.
Observadores atentos sugerem que ambos os lados podem estar à beira de uma grande escalada, uma conflagração que dependerá dos próximos passos tomados por Israel, tanto em seu território quanto contra Gaza. "Um conflito dessa envergadura será muito mais provável se o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conseguir formar um governo de unidade", ponderou Mohanad Hage Ali, membro sênior do Carnegie Middle East Center, com sede em Beirute. "Netanyahu precisa sentir-se politicamente seguro para se envolver em todos os fronts", acrescentou.
O Hezbollah, por sua vez, poderá lançar um ataque direto caso Israel intensifique substancialmente suas operações em Gaza, conforme sugeriu Ahmed Abed, membro da filial do Hamas no Líbano. "O Hezbollah... decidiu que irá se envolver [com Israel] se a retaliação contra Gaza for excessiva. Estão coordenando com a liderança [do Hamas] na Palestina e intervirão no momento adequado, se necessário", revelou à Al Jazeera.
Netanyahu prometeu transformar partes de Gaza em escombros e instou os residentes do enclave, quase metade dos quais são crianças, a "sair" agora.
Enquanto a situação se desenrola, o Líbano permanece um terreno hostil para os palestinos, com leis discriminatórias que proíbem seu emprego em profissões qualificadas e restringem sua capacidade de reparar infraestruturas básicas nos campos de refugiados. O país mantém políticas que empobreceram cerca de 93% dos palestinos no Líbano, segundo a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).
Na segunda-feira, alguns combatentes palestinos teriam cruzado a fronteira do Líbano para Israel. Os militares israelenses afirmaram tê-los neutralizado, enquanto o Hezbollah negou qualquer envolvimento na operação. O futuro permanece incerto, e as apostas continuam altas.
AR News
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