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A peste da lebre, também conhecida como tularemia, é uma enfermidade de natureza bacteriana que foi identificada em uma lebre marrom encontrada sem vida no distrito de Forchheim, conforme divulgado pelo Escritório Distrital local. Essa doença infecciosa, classificada como uma zoonose, pode ser transmitida dos animais para os seres humanos, especialmente por meio do contato intenso com animais doentes ou falecidos, como no caso de manipulação de caça durante o processo de esfola e evisceração.
Os sintomas da tularemia podem variar de forma acentuada, assemelhando-se a sinais gripais de intensidade grave. É importante destacar que, de acordo com o Escritório Estadual de Saúde e Segurança Alimentar da Baviera (LGL), a doença costuma se manifestar inicialmente com sintomas inespecíficos, como dores de cabeça, dores no corpo, inchaço dos gânglios linfáticos, febre, calafrios e fadiga.
A fim de prevenir a disseminação da tularemia, são recomendadas as seguintes medidas: evitar o contato direto com lebres ou coelhos selvagens doentes ou mortos, bem como com qualquer forma de exposição ao sangue ou excrementos desses animais. Além disso, é essencial que pratos à base de carne de lebre ou coelho sejam preparados e consumidos de forma adequada, ou seja, bem cozinhados. Para garantir a segurança, é imprescindível que todos os objetos utilizados no manuseio da carne, como facas e tábuas de corte, sejam devidamente limpos e desinfetados com água quente. Ademais, é fundamental seguir rigorosamente as normas de higiene doméstica e pessoal, incluindo a correta lavagem das mãos. Caso haja contato constante com animais silvestres, é altamente recomendável que tanto caçadores quanto outras pessoas informem prontamente um médico ao apresentarem qualquer doença de origem incerta.
É importante ressaltar que a tularemia é uma condição amplamente identificada no Hemisfério Norte, sendo incomum em locais tropicais ou no Hemisfério Sul. No entanto, há evidências recentes que indicam o surgimento ou ressurgimento dessa doença na Europa. Nas populações de animais selvagens, é possível observar que a _Francisella tularensis_ prospera em lagomorfos, como coelhos e lebres, assim como em diversos roedores selvagens. A transmissão ocorre principalmente por meio de carrapatos e moscas que picam, e a virulência desse patógeno tanto para humanos quanto para coelhos domésticos é extremamente elevada. Além do contato direto com animais infectados, a tularemia pode ser transmitida pelo contato com objetos contaminados ou mesmo pela ingestão de carne mal cozida de animais afetados, ou ainda pela exposição à água contaminada.
Um aspecto relevante a ser considerado é a existência de uma correlação geográfica entre os casos de tularemia em lebres e os casos diagnosticados em seres humanos. Dessa forma, a detecção de um aumento na ocorrência de casos em lebres selvagens pode ser indicativo de um possível aumento no número de casos da doença em humanos na área em questão.
É fundamental que medidas preventivas e de vigilância sejam adotadas para garantir a segurança da população e o controle efetivo da tularemia.
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