Revelações Genômicas: Vírus Transmitidos por Carrapatos Emergem na Europa Oriental e no Mar Negro |
Numa análise meticulosa de amostras agrupadas e individuais de carrapatos provenientes de quatro nações da Europa Oriental e da região do Mar Negro, empregamos a tecnologia de sequenciamento de nanoporos baseado em metagenoma (NS) e amplificação direcionada. Inicialmente, 1.337 carrapatos, pertencentes a 11 espécies distintas, foram criteriosamente triados em 217 agrupamentos. A constatação reveladora foi a detecção de vírus, compreendendo 21 táxons, e patógenos humanos em 46,5% e 7,3% das amostras, respectivamente. Dentre os patógenos virais transmitidos por carrapatos, destacam-se o vírus do carrapato Tacheng 2 (TTV2, 5,9%), o vírus do carrapato Jingmen (JMTV, 0,9%) e o vírus do carrapato Tacheng 1 (TTV1, 0,4%). Curiosamente, uma associação de espécies de carrapatos com táxons específicos de vírus foi observada, exceto para o TTV2, presente tanto em espécies de Dermacentor quanto em Haemaphysalis.
Os carrapatos individuais provenientes de agrupamentos com detecção de patógenos foram meticulosamente selecionados através de amplificação direcionada, seguida pelo sequenciamento de nanoporos (NS), proporcionando dados genômicos abrangentes. Essa abordagem revelou a presença do provável patógeno do vírus do carrapato Haseki (HTV) em 10,2% das amostras. A análise filogenética revelou a existência de dois clados distintos de TTV2, sendo um deles intimamente relacionado ao Uukuvírus encontrado em Dermacentor reticulatus. A detecção de JMTV indicou sequências de vírus integradas.
Em linhas gerais, nossas observações apontam para uma expansão de vírus patogênicos transmitidos por carrapatos, recentemente documentada na Europa. Notavelmente, o TTV1 foi identificado no continente pela primeira vez. A relevância desses vírus na saúde pública é substancial, exigindo sua inclusão nas avaliações diagnósticas de casos sintomáticos associados a picadas de carrapatos, bem como nos esforços de vigilância de vetores.
A metodologia de sequenciamento de nanoporos (NS) demonstrou ser uma ferramenta eficaz para monitorar patógenos associados a carrapatos em amostras agrupadas e individuais. Na introdução resumida, diversos vírus recentemente caracterizados, como o vírus do carrapato Jingmen (JMTV) e o vírus Alongshan (ALSV), foram associados a infecções humanas. No entanto, a escassez de informações sobre a patogênese, distribuição e impacto desses vírus na saúde pública permanece um desafio.
Na discussão resumida, concluímos que os patógenos virais transmitidos por carrapatos, previamente identificados em diversas regiões da Ásia, estão presentes em locais variados da Europa Oriental e da região asiática do Mar Negro. A dificuldade em avaliar a prevalência real de vírus individuais em cada região de amostragem decorre da coleta transversal e da estratégia de triagem não direcionada utilizada no estudo. Adicionalmente, a presença de clados virais locais e genomas virais integrados pode complicar a triagem direcionada.
A falta de testes padronizados de anticorpos acrescenta um nível adicional de complexidade à investigação de exposições anteriores e ao diagnóstico sorológico. No entanto, instamos à consideração desses vírus na avaliação diagnóstica de casos sintomáticos relacionados a picadas de carrapatos sempre que possível. A necessidade de vigilância contínua e a inclusão desses vírus em painéis de diagnóstico são aspectos cruciais destacados pelos autores. Este relatório destaca a carência de informações abrangentes sobre a distribuição geográfica e o impacto na saúde pública dos vírus transmitidos por carrapatos recentemente descritos.
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