Os primeiros registros de infecções ocorreram em abril deste ano. Ao todo, já foram registrados 48 casos de Oropouche nas seguintes cidades:
Oropouche
Acre
Brasiléia - 1 caso
Manoel Urbano - 3 casos
Porto Acre - 5 casos
Rio Branco - 23 casos registrados em abril e 8 em novembro
Casos de Mayaro:
Cruzeiro do Sul - 3 casos
Rio Branco - 1 caso
As informações foram repassadas à Rede Amazônica Acre na terça-feira (28/11/2023). Os dois vírus causam sintomas semelhantes aos da dengue, transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti. O Mayaro, inclusive, é chamado de “primo” da chikungunya.
"São síndromes febris e se aproximam muito dos sintomas da dengue, com febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos e estamos percebendo que estão tendo casos com sintomas na pele. As pessoas estão aparecendo com manchas na pele também. O exame só dava negativo para dengue e resolvemos testar o diagnóstico diferencial, como chamamos", explicou o chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Edvan Meneses.
O coordenador destacou que há muito tempo o Acre não registrava casos dos vírus na área urbana. Ele destacou que os casos eram encontrados mais no meio rural, e explicou os possíveis motivos para os registros das infecções. "Pode ser pelo fato da cidade estar adentro mais na mata, mas também por mudanças no ciclo de vida do mosquito. Agora, estamos percebendo que tem mais casas, a gente via muito em gente que ia caçar, assim como a febre amarela. Isso está nos surpreendendo por perceber no meio urbano, onde encontramos mais dengue, zika e chikungunya", confirmou.
Pela falta de confirmação em áreas urbanas, o coordenador disse que o Ministério da Saúde não enviou testes para os exames. "A gente não conseguiu saber em amplo aspecto porque a gente não testou por não ser uma doença endêmica aqui. Pode ser que a gente teve casos, mas foram subnotificados por falta de testagem", disse.
Com os novos registros, o especialista disse que será feita uma reorganização na rede de saúde com capacitação dos profissionais, palestras e alertas sobre o vírus para começar o trabalho de conscientização e combate às infecções.
"Eram casos isolados, não tínhamos esse número de casos na área urbana. Não é uma doença nova, mas não era do nosso meio. Vamos capacitar toda rede sobre Mayaro e Oropouche, até os nomes são difíceis, então, é todo um movimento para capacitar nossa rede, reorganização, deixar o diagnóstico nas unidades, a medicação e era algo que não estávamos esperando. Entrei mais dois arbovírus para a gente trabalhar nesse período epidemiológico", falou.
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