Os casos de mpox (anteriormente conhecido como varíola dos macacos) têm aumentado nos Estados Unidos e em outras partes do mundo.
De acordo com novos dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, até meados de março de 2024 houve uma estimativa de 511 casos acumulados no país, quase o dobro dos 287 casos registrados no mesmo período do ano anterior, em 2023.
A cidade de Nova York tem sido particularmente afetada, com mais de 100 casos em 2024 até o momento, contra apenas 30 casos no mesmo período do ano passado. O CDC aponta que o mpox raramente é fatal, porém seus sintomas como febre, lesões na pele e gânglios linfáticos inchados são semelhantes aos da varíola, embora geralmente mais leves.
Relatórios posteriores indicam que o aumento nos casos de mpox não se limita apenas aos Estados Unidos. No estado da Virgínia, 12 casos foram registrados em 2024 até agora, exatamente o mesmo total reportado durante todo o ano de 2023, de acordo com o Departamento de Saúde da Virgínia. Dentre os casos da Virgínia em 2024, 4 pacientes necessitaram de hospitalização e 6 estavam coinfectados com HIV. Nenhum havia recebido vacinação prévia contra o mpox.
As autoridades de saúde da Virgínia recomendam fortemente a vacinação, principalmente para pessoas imunocomprometidas. Esses números provavelmente representam alguns dos casos mais graves no estado, portanto é possível que haja subnotificação. A vacinação está disponível gratuitamente por meio do localizador do CDC.
Um dos surtos de mpox mais preocupantes está ocorrendo na República Democrática do Congo (RDC). Relatado em outubro de 2023, o surto se expandiu rapidamente para 23 das 26 províncias do país, incluindo a capital Kinshasa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que ele está se tornando mais mortal.
Na RDC, as crianças são as mais afetadas, respondendo por cerca de dois terços dos 3.941 casos suspeitos notificados até agora em 2024, com uma taxa de letalidade de 10% entre bebês e crianças pequenas. A taxa de letalidade geral é de 7%, bem superior à média global de menos de 0,2%. Apenas 389 casos foram confirmados em laboratório, demonstrando desafios no diagnóstico.
O surto na RDC envolve uma variante do vírus diferente daquelas globalmente circulantes. Conhecida como clado 1, ela tem maior virulência e capacidade de transmissão. Além disso, este é o primeiro surto de clado 1 que apresenta alguma transmissão sexual, incluindo entre heterossexuais, o que aumenta o risco de disseminação internacional. A expansão geográfica acelerada dentro da RDC já é uma ameaça para países vizinhos e a comunidade global.
Em Toronto, Canadá, também houve aumento nos casos em 2024. Desde janeiro, foram 21 infecções confirmadas, contra apenas 27 em todo o ano anterior. Autoridades de saúde alertam que a maioria dos casos ocorreu em pessoas não vacinadas. A médica Shahin levantou preocupação pelo fato de que, dos 21 casos em 2024, apenas 3 haviam recebido ao menos uma dose da vacina.
A vacina contra o mpox é recomendada em duas doses, administradas com um intervalo de 28 dias, para assegurar proteção e reduzir o risco de doença grave. Shahin ressalta a importância da segunda dose para garantir maior eficácia da imunização. Em Toronto, a vacina está disponível gratuitamente, principalmente para homens que fazem sexo com homens e outros grupos de risco, como pessoas imunocomprometidas.
As autoridades indicam que o mpox está se disseminando majoritariamente em Toronto através de contato próximo/íntimo ou sexo entre pessoa infectadas. Surge a recomendação para que os grupos mais afetados tomem as duas doses da vacina e adotem medidas preventivas. Viagens não são consideradas um fator significativo nos casos locais, indicando transmissão comunitária estabelecida.
Em resumo, os dados analisados indicam aumento preocupante nos casos de mpox nos Estados Unidos, Virgínia, República Democrática do Congo e Toronto no início de 2024. O surto na RDC é particularmente grave, atingindo crianças de forma desproporcional. Nos demais locais, a maioria dos casos ocorre em indivíduos não vacinados, reforçando a importância da imunização, principalmente em duas doses. Monitoramento contínuo e esforços para ampliar o acesso à vacina são cruciais para evitar disseminação ainda maior deste surto global de mpox.
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