Cristãos são atacados em 28 dos 54 países de África, diz relatório recente
O documento apresenta um cenário devastador sobre a perseguição aos cristãos em diversos países africanos, com destaque para a Nigéria, onde a situação é descrita como a pior. De acordo com os relatos, o cristianismo está enfrentando uma "crise mortal" em mais da metade dos 54 países do continente.
Na Nigéria, os grupos cristãos afirmam que fiéis estão sendo perseguidos, mortos e deslocados em 28 países. O grupo missionário Portas Abertas dos EUA revela que nove em cada dez cristãos mortos por sua fé em 2023 estavam na Nigéria, sendo o país considerado um dos lugares mais perigosos do mundo para professar o cristianismo.
Um menino vende objetos de piedade durante uma peregrinação a Yagm, nos arredores de Ouagadougou, em 5 de fevereiro de 2023. |
O grupo de pesquisa nigeriano Intersociety chega a classificar os assassinatos de cristãos no país como um "genocídio", alegando que mais de 8.000 cristãos foram mortos ou sequestrados entre janeiro de 2023 e janeiro de 2024, a maioria brutalmente agredida até a morte. Além disso, mais de 18.500 locais de culto cristão teriam sido destruídos entre 2009 e 2023.
A ascensão do radicalismo islâmico em diversas regiões da África é apontada como um dos principais fatores para o aumento da perseguição aos cristãos. Grupos extremistas, como o Boko Haram na Nigéria e o Al-Shabaab na Somália, são responsáveis por ataques violentos, enquanto no norte de Moçambique, na República Democrática do Congo e em outras nações, grupos menos conhecidos, mas igualmente violentos, também ameaçam a comunidade cristã.
Na Nigéria, os ataques de militantes Fulani, um grupo étnico muçulmano, também são uma grave ameaça. Eles atacam aldeias cristãs, sequestram pessoas, queimam casas e destroem colheitas, com o objetivo de reivindicar as terras para si mesmos. Estima-se que 16,2 milhões dos 34,5 milhões de deslocados em toda a África Subsaariana sejam cristãos.
Relatos alarmantes também chegam de outras regiões, como o Sahel, onde os jihadistas trabalham para impor o islamismo radical, e do Sudão, onde 165 igrejas foram fechadas e outros templos cristãos atacados e destruídos. Em Moçambique, missionários, padres e fiéis tiveram de fugir da região norte de Cabo Delgado devido à intensificação das atividades de grupos insurgentes islâmicos.
Apesar das graves denúncias, o Departamento de Estado dos EUA afirma estar "profundamente preocupado" com a crescente perseguição aos cristãos em todo o mundo. No entanto, organizações como a Voz dos Mártires acreditam que o governo americano poderia fazer mais para defender a liberdade religiosa e iluminar o sofrimento das minorias religiosas na África e em outras regiões.
Enquanto isso, no Burkina Faso, o bispo Justin Kientega relata que muitos cristãos estão dispostos a morrer por sua fé, recusando-se a abandonar suas crenças, demonstrando coragem e determinação em meio à violência e à opressão.
Em suma, o documento retrata uma realidade devastadora de perseguição religiosa em diversas nações africanas, com a Nigéria apresentando a situação mais crítica. A ascensão do radicalismo islâmico, a atuação de grupos extremistas e a falta de ação efetiva por parte de autoridades locais e internacionais agravam ainda mais esse cenário, enquanto a resiliência de muitos cristãos se destaca como um sinal de esperança.
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Com Agências :
https://www.foxnews.com/world/christians-africa-face-worrying-rise-killings-persecution-displacement
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