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| Heart Transplant Operation |
Pesquisas recentes trazem avanços significativos na preservação de corações para transplantes, estendendo o tempo de viabilidade além das seis horas padrão. A técnica em questão, denominada perfusão cardíaca ex-vivo normotérmica (NEHP), possibilitou a manutenção de corações de porcos vivos por mais de 24 horas, abrindo caminho para uma revolução no campo dos transplantes cardíacos.
O método NEHP mantém os corações dos doadores em um estado quase fisiológico, bombeando fluido oxigenado e rico em nutrientes através deles, após sua remoção do doador. Essa técnica oferece oportunidades para aumentar o pool de doadores e melhorar a logística no processo de transplante.
Atualmente, a preservação de corações para transplante é realizada pelo armazenamento estático a frio (CSS), que envolve manter os corações em gelo até o momento do transplante. No entanto, esse método tem uma janela de viabilidade limitada a seis horas. Prolongar esse período sem a necessidade de suporte mecânico à vida, como a oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), seria um avanço significativo.
O estudo, conduzido por pesquisadores e publicado na Frontiers in Cardiovascular Medicine, demonstrou que é possível manter corações de porcos transplantados vivos por mais de 24 horas com a técnica NEHP. Isso foi alcançado através da incorporação de modificações no NEHP padrão, como hemofiltração e troca plasmática, que melhoraram significativamente a preservação do coração.
Os pesquisadores monitoraram a saúde dos corações preservados em tempo real, observando sua contratilidade, ritmo, cor e edema, além de medir a concentração de lactato a cada hora. Concluíram que a hemofiltração, troca plasmática e perfusão atrial esquerda intermitente são melhorias importantes que permitem a preservação dos corações por mais de um dia.
Esses resultados promissores poderiam expandir o pool de corações de doadores, superando as limitações logísticas e permitindo uma melhor avaliação da viabilidade do coração do doador. No entanto, o desafio agora é validar esses métodos em humanos, uma etapa que já está sendo iniciada com corações humanos rejeitados para transplante.
Em suma, a pesquisa representa um avanço emocionante no campo dos transplantes cardíacos, oferecendo esperança para aqueles que aguardam um novo coração. Se traduzido com sucesso para a prática clínica, esse método poderia disponibilizar mais corações para aqueles que mais necessitam, salvando vidas e melhorando a qualidade de vida de muitos pacientes.
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