A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Varginha enviou um técnico especializado em arboviroses para apoiar a Superintendência Regional de Saúde de Pouso Alegre devido à necessidade de investigação após a ocorrência de um óbito por febre amarela florestal em abril de 2024, em um morador de Águas de Lindóia, município do interior de São Paulo. Este município é próximo a Jacutinga e Bueno Brandão, no sul de Minas Gerais.
Márcio Alberto da Silva, técnico de ação de campo em arboviroses da SRS Varginha, realizou uma investigação de campo na zona rural de 6 a 11 de maio de 2024, em conjunto com Giovani Adilson Grande, da assessoria técnica da SRS de Pouso Alegre, e técnicos municipais. Eles percorreram áreas rurais em Jacutinga e Bueno Brandão, coletando amostras de vetores florestais, incluindo mosquitos dos gêneros Haemagogus, Sabethes, Aedes albopictus e outros.
A investigação focou em epizootias e entomologia devido às mortes de primatas não humanos registradas. Durante a investigação, o grupo encontrou aproximadamente 30 macacos-prego (Sapajus nigritus), uma espécie bem adaptada ao homem. Amostras de vetores e fragmentos de vísceras de um primata morto do gênero Callicebus (guigó) foram coletadas e confirmaram a presença de febre amarela florestal após testes.
Mosquito Aedes Aegypti |
O superintendente da SRS Varginha, Luiz Paulo Riceputi Alcântara, destacou a importância da vigilância de epizootias em primatas não humanos para a redução da morbimortalidade. Ele enfatizou que o trabalho realizado pelas superintendências regionais de saúde vai além da assistência, envolvendo também a proteção da saúde dos cidadãos e a antecipação de possíveis adoecimentos.
As investigações foram intensificadas em áreas de mata, montanhas e proximidades de fazendas e sítios. A captura e teste de vetores completam a estratégia de vigilância, conforme argumenta a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SRS Varginha, Monique Borsato, que também ressaltou a eficácia da vacinação na prevenção da doença.
Os primatas atuam como sentinelas da febre amarela, e o monitoramento de mortes ou adoecimentos desses animais é crucial para a detecção precoce do vírus na região. É importante esclarecer que os macacos não transmitem a febre amarela; eles são infectados por mosquitos, adoecem e podem morrer, sinalizando a presença do vírus.
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Cobertura vacinal
A referência técnica em imunização da SRS Varginha, Poliana Pereira, informou que a cobertura vacinal contra a febre amarela alcançada em 2024, nos 50 municípios da SRS Varginha, é de 83,93%, abaixo da média estadual de 90,10%. Carmo da Cachoeira tem a menor cobertura vacinal com 3,23%, enquanto Seritinga apresenta uma cobertura de 400%, possivelmente devido à vacinação de moradores múltiplas vezes ou de pessoas de fora da região.
Dos 50 municípios da macrorregião Saúde Sul, 23 atingiram a meta de cobertura vacinal acima de 95%, incluindo Alagoa, Campanha, Carmo de Minas, entre outros.
Este trabalho de vigilância é essencial para prevenir a disseminação da febre amarela e proteger a saúde pública.
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