A tragédia tem culpados
O país ainda está impactado com a tragédia que se abate sobre o Rio Grande do Sul, com mortes e destruições como nunca aconteceu. O funesto evento que por muitos é chamado de “causas naturais” é uma mentira deslavada para acobertar um governador irresponsável, que, mesmo sendo advertido por entidades e autoridades ambientalistas, flexibilizou a legislação ambiental no estado. Um exemplo é o Código Ambiental que levou nove anos entre debates, audiências e aperfeiçoamentos, foi atropelado pelo governo Eduardo Leite (PSDB) em 2019, primeiro ano de seu primeiro mandato. Seu projeto limou ou alterou 480 pontos da lei ambiental do estado. O governador ignorou todos os alertas de ambientalistas e mesmo de órgãos de sua assessoria (Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura)
A aprovação da lei era uma demanda do agro gaúcho e por aí já cabe imaginar os abusos e atropelos que formaram o rol de mudanças.
Mulher Gaúcha |
O desastre previsto
O professor Francisco Aquino, do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em novembro do ano passado, já havia chamado atenção para a probabilidade de ocorrerem novos eventos extremos em 2024, como tempestades e… como tempestades extremas e inundações, o que infelizmente, se confirmou. afirmam que normas ambientais do RS foram enfraquecidas sob a gestão Leite (PSDB). As mudanças mais danosas, segundo eles, são as que aumentaram brechas para uso de áreas de preservação, inclusive em margens de rios, e afrouxaram o controle do poder público sobre atividades com alto potencial de degradação.
Eles sabiam do risco
A pedido do governador, em 2020, a Assembleia do Rio Grande do Sul aprovou o novo código e mais recentemente, em janeiro deste ano, os deputados aprovaram uma lei que permite construção de barragens e outras obras de impacto em áreas protegidas. mais uma vez por pressão o agro gaúcho.
A mudança deixou locais mais vulneráveis a enchentes. Para os ambientalistas, a lei incentiva o desmatamento de áreas próximas a rios, cuja vegetação serve para conter o volume e a força das águas e mais, a floresta absorve uma parte [da enchente] e quebra a velocidade [da cheia]. Quando o solo está nu, as águas não apenas correm mais livremente como arrancam o solo por onde passam, provocando erosão. O risco é que aconteçam enchentes cada vez maiores mesmo com chuvas menos intensas.
Sem aliados
Já não se faz mais aliados como antigamente e isso ficou claro na saraivada de críticas públicas, feitas por vários vereadores, no plenário da Câmara, contra a gestão e a própria figura da secretária de Educação, Jó Pereira. “Soberba, incompetente e arrogante” foram algumas, das muitas expressões usadas para criticar a titular do cargo, por indicação do deputado Arthur Lira, nas negociações políticas do tome lá, dá cá. O vereador João Catunda foi além e “sugeriu” sua saída. No ar uma dúvida: o prefeito não tem o controle dos aliados, ou foi tudo combinado.
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O São João de Maceió é massa
Onde tem um nordestino, tem um festejo de São João diferente. Espalhadas por cada canto desses nove Estados brasileiros, as festas juninas estão entre as mais brasileiras das expressões culturais. Hoje, elas comandam um calendário turístico impressionante que movimenta cerca de R$ 6 bilhões de reais e atraem literalmente milhões de pessoas de todo o Brasil para celebrar nossa cultura, nossa diversidade e se divertir de um jeito que só o Nordeste sabe fazer. Não à toa, A Azul Viagens, operadora de Turismo da aérea, criou programa para as festas juninas nordestinas. Entre outras ações, a Azul capacitou 3 mil agentes de viagem para as festividades. Isso porque as atrações são muitas, cada uma com seu destino e suas características.
Maceió está entre as cidades contempladas com pacotes especiais, que certamente vai incrementar nosso São João.
E esse povo ainda fica falando besteira, quando o prefeito JHC investe pesado no São João.
Alfredo Gaspar
O deputado Alfredo Gaspar tem tido um mandato em alto conceito e carreado vitorias para Alagoas. No plenário da Câmara é um dos parlamentares mais atuantes, deixando longe os demais integrantes da bancada local. Contundente em seus discursos, tem incomodado o governo e ganho prestigio na Casa e também na imprensa nacional, que cobre o Congresso. Hoje seria o único nome com potencial para enfrentar o prefeito JHC, com chances de ganhar.
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E a CPI não deu em nada
Que final lamentável teve a CPI da Braskem, praticamente sem levar nada a coisa nenhuma. Um fiasco já previsto desde sua proposta de criação pelo senador Renan Calheiros. Oitivas malfeitas, desinteresse dos participantes e pressões externas vieram, aos poucos, enfraquecendo. Acordo feito e cumprido, nenhuma autoridade alagoana foi convocada para depor, mesmo aquelas que supostamente “lucraram” com a tragédia. E o que vai acontecer com as famílias atingidas diretamente e perderam seus bens? Ai que mora o problema. Pode acontecer tudo, inclusive nada
📙 GLOSSÁRIO:
Tragédia, Rio Grande do Sul, Desastres naturais, Legislação ambiental, Flexibilização, Eduardo Leite, Código Ambiental, Agronegócio, Ambientalistas, Alertas, Tempestades, Inundações, Jó Pereira, Críticas, São João, Maceió, Turismo, Alfredo Gaspar, CPI, Braskem
🖥️ FONTES :
Coluna Pedro Oliveira
Avenida Fernandes Lima 1513/504 - Farol
Maceió - AL
(82) 3338.1756 (82) 8141.2500
Jornalista e escritor. Articulista político. Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB. É presidente do Instituto Cidadão, membro da União Brasileira de Escritores e da Academia Palmeirense de Letras.
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