Aumento de SRAG em crianças e idosos preocupa Fiocruz: entenda os dados do Boletim InfoGripe
Introdução
O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado em 25 de abril, trouxe dados alarmantes sobre o aumento nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Neste artigo, vamos analisar os principais pontos destacados no boletim, entender as causas desse aumento e discutir as recomendações da Fiocruz para lidar com essa situação preocupante.
Aumento de internações por SRAG
Causas principais
O boletim aponta que o aumento das internações por SRAG está relacionado principalmente à circulação de diferentes vírus respiratórios. O vírus sincicial respiratório (VSR), a influenza A e o rinovírus têm sido os principais responsáveis por esse aumento.
SRAG em alta: Fiocruz destaca crescimento preocupante em Alagoas e mais 22 estados |
Dados nacionais
Embora a Covid-19 apresente sinais de queda ou estabilidade em algumas regiões do país, ainda é a principal causa de mortalidade por SRAG em idosos. No entanto, nas crianças, os números do VSR já superam os casos de Covid-19.
Impacto nas crianças
Crescimento do VSR
O Boletim InfoGripe destaca um aumento expressivo na incidência e mortalidade de SRAG em crianças de até dois anos de idade, devido à crescente circulação do VSR. Nas últimas oito semanas epidemiológicas, o VSR já responde por 57,8% do total de casos de SRAG em crianças.
Outros vírus respiratórios
Além do VSR, outros vírus respiratórios também merecem destaque no caso das crianças, como o rinovírus e o Sars-Cov-2 (Covid-19).
Impacto nos idosos
Predomínio da Covid-19
Apesar do crescimento de outros vírus respiratórios, como a influenza A, a Covid-19 ainda é responsável pela maioria dos óbitos por SRAG em idosos. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência da Covid-19 entre os óbitos foi de 53,9%.
Crescimento da influenza A
Apesar do predomínio da Covid-19, o crescimento da influenza A tem preocupado as autoridades de saúde. Nas últimas quatro semanas, o percentual de óbitos associados à influenza A começou a se aproximar dos números da Covid-19.
Dados recentes sobre SRAG
Prevalência dos vírus respiratórios
Segundo o boletim, a prevalência entre os casos positivos para vírus respiratórios nas últimas semanas epidemiológicas foi de:
Influenza A: 23%
Influenza B: 0,4%
Vírus sincicial respiratório: 57,8%
Sars-CoV-2/Covid-19: 10,7%
Óbitos relacionados
Entre os óbitos por SRAG, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de:
Influenza A: 32%
Influenza B: 0,3%
Vírus sincicial respiratório: 10,8%
Sars-CoV-2/Covid-19: 53,9%
Recomendações da Fiocruz
O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, reforça a importância da vacinação contra a influenza A e do uso de máscaras adequadas, como N95, KN95 e PFF2, especialmente para quem apresenta sintomas de infecção respiratória.
Situação nos estados e capitais
Estados com crescimento de SRAG
De acordo com o boletim, 23 estados apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo. Entre eles estão Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
Situação nas capitais
Das capitais brasileiras, 21 mostram indícios de aumento de SRAG. Entre elas estão Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Resultados de 2024
Casos de SRAG
Em 2024, já foram notificados 38.670 casos de SRAG, com 45,4% desses casos apresentando resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Os dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes devido ao fluxo de notificação de casos.
Óbitos relacionados
Já foram registrados 2.956 óbitos por SRAG em 2024, independentemente da presença de febre. Destes, 59,3% tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório.
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Conclusão
Os dados apresentados pelo Boletim InfoGripe da Fiocruz são preocupantes e evidenciam a importância de medidas preventivas, como a vacinação contra a influenza A e o uso de máscaras adequadas. O aumento das internações por SRAG, especialmente em crianças e idosos, deve ser acompanhado de perto pelas autoridades de saúde para que sejam tomadas as medidas necessárias para conter a propagação desses vírus respiratórios.
FAQs
Qual a diferença entre SRAG e gripe comum?A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma complicação respiratória mais grave do que a gripe comum, podendo levar à internação e até mesmo ao óbito.Quais os principais sintomas da SRAG?Os principais sintomas da SRAG são febre, tosse, falta de ar, dor de garganta, dor no corpo e dor de cabeça.Quais os grupos mais vulneráveis à SRAG?Os grupos mais vulneráveis à SRAG são crianças menores de dois anos e idosos acima de 65 anos, além de pessoas com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças respiratórias.A vacina contra a influenza protege contra a SRAG?A vacina contra a influenza não protege diretamente contra a SRAG, mas pode prevenir complicações causadas pela gripe, reduzindo, assim, o risco de desenvolver a síndrome.Qual a importância do uso de máscaras adequadas no combate à SRAG?O uso de máscaras adequadas, como as do tipo N95, KN95 e PFF2, é fundamental para evitar a propagação dos vírus respiratórios que podem causar a SRAG, protegendo tanto quem usa a máscara quanto as pessoas ao redor.
📙 GLOSSÁRIO:
🖥️ FONTES :
Fiocruz
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