Desde julho do ano passado, quando os novos hospitais de Alagoas foram habilitados para alta complexidade, há um aporte financeiro mensal para o custeio das despesas. Entretanto, apesar das expectativas geradas pelos gestores, a população continua denunciando dificuldades no acesso aos serviços de saúde.
Um caso emblemático é o da paciente que quebrou o braço em Porto Calvo e, passados seis dias do ocorrido, ainda não havia sido submetida à cirurgia no membro acidentado, mesmo após buscar atendimento no Hospital do Norte (HN). Essa situação evidencia os desafios enfrentados pelos hospitais em Alagoas, mesmo com a habilitação para alta complexidade e o aporte financeiro adicional.
Investimento financeiro nos hospitais de Alagoas
Após a acreditação pelo Ministério da Saúde, os hospitais de Alagoas passaram a contar com uma contrapartida do Estado e também com aportes de verba federal. O Hospital Regional do Alto Sertão (HRAS), em Delmiro Gouveia, recebe R$ 21,4 milhões anuais; o HN, em Porto Calvo, R$ 27,6 milhões; o Hospital da Mata, em União dos Palmares, R$ 30,8 milhões. Em Maceió, o Hospital Metropolitano recebe R$ 46,9 milhões, o Hospital da Mulher, R$ 34,9 milhões, e o Hospital da Criança, R$ 25,4 milhões anuais.
Apesar desses investimentos, a melhoria nos serviços de saúde não tem sido imediata. Um dos fatores que dificultam a qualidade do atendimento é a predominância de mão de obra precarizada nos hospitais. Profissionais de saúde atuando nessas unidades relatam que, embora haja alguns avanços, ainda há muito a ser feito para garantir um padrão de qualidade no atendimento à população.
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| Hospital Regional do Norte |
É fundamental que os gestores de saúde em Alagoas acompanhem de perto a aplicação desses recursos e implementem medidas para valorizar e capacitar os profissionais de saúde. Apenas com uma equipe motivada e bem treinada será possível transformar o investimento financeiro em melhoria efetiva dos serviços de saúde oferecidos à população alagoana.
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