Circulação do vírus Mayaro em humanos em Roraima acende um alerta para a possibilidade de disseminação pelo país

O arbovírus Mayaro é transmitido por mosquitos selvagens e causa a febre do Mayaro. 

Recentemente, a presença desse vírus em humanos foi identificada em Roraima, na região amazônica do Brasil. 

Circulação do Vírus Mayaro em Humanos no Estado de Roraima: Alerta Epidemiológico

A circulação do vírus Mayaro em humanos em Roraima acende um alerta para a possibilidade de disseminação pelo país, uma vez que o vírus está se espalhando por diferentes áreas da região

Características do vírus Mayaro: 

Fêmea Sabethes cyaneus

Endêmico na região amazônica, incluindo estados do Norte e Centro-Oeste do Brasil. Descoberto pela primeira vez em Trinidad e Tobago nos anos 1950.

•  A linhagem viral em Roraima é semelhante à identificada no Amazonas, Peru e Venezuela. 
• Transmitido por mosquitos selvagens dos gêneros Haemagogus e Sabethes. 
• Principais hospedeiros são primatas, como macacos e preguiças, sendo os humanos hospedeiros acidentais.

 Sintomas e diagnóstico: 

Provoca uma doença febril aguda com sintomas semelhantes à dengue e chikungunya. 

Diagnóstico feito por investigação clínica, laboratorial e epidemiológica. 

Prevenção e tratamento: 

Não há vacina específica, tratamento baseado no alívio dos sintomas.

 Prevenção inclui uso de repelentes, roupas de proteção e evitar áreas de mata. 

Riscos e cenário epidemiológico: 

Alerta para possível disseminação pelo país, já que o vírus está se espalhando por diferentes áreas. 

Não há evidências de transmissão por mosquitos urbanos como o Aedes aegypti. 

Estudo relevante para vigilância epidemiológica, ações preventivas necessárias para evitar disseminação.

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PALAVRAS-CHAVE: 

Vírus Mayaro, febre do Mayaro, mosquitos silvestres, transmissão viral, região amazônica, sintomas do Mayaro, diagnóstico laboratorial, prevenção de arbovírus, vigilância epidemiológica, saúde pública

📙 GLOSSÁRIO:

Sabethes, também conhecidos como mosquitos do dossel, são predominantemente encontrados em árvores, onde se reproduzem em cavidades de plantas. A espécie-tipo, Sabethes locuples, foi descrita pela primeira vez por Jean-Baptiste Robineau-Desvoidy em 1827. Esses mosquitos são frequentemente decorados com escamas metálicas brilhantes. As fêmeas de algumas espécies de Sabethes possuem antenas com espirais flagelares longas e densas, semelhantes às dos machos de outros gêneros de mosquitos. As espécies de Sabethes são encontradas na América Central e do Sul.

O gênero Haemagogus pertence à família Culicidae e é composto por mosquitos. Sua distribuição ocorre principalmente na América Central e no norte da América do Sul, incluindo Trinidad. Algumas espécies também são encontradas em áreas florestais do Brasil, chegando até o norte da Argentina. No Rio Grande do Sul, Brasil, foi identificada a presença do vírus da febre amarela em uma espécie chamada H. leucocelaenus. Esses mosquitos possuem um brilho metálico característico. As espécies do gênero Haemagogus atuam como vetores na transmissão da febre amarela silvestre, que muitas vezes é transmitida por macacos nas copas das florestas. Além disso, foi constatado que algumas espécies carregam os vírus Mayaro e Ilheus. Devido à longa vida desses mosquitos, eles podem transmitir os vírus por períodos prolongados. Esses mosquitos têm preferência por viver na copa das florestas, onde as fêmeas depositam seus ovos entre camadas de cascas de árvores ou em bambus cortados. Os ovos ficam aderidos à superfície e, quando em contato com a água da chuva, se transformam em larvas.

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