O Valle del Cauca é um dos quatro departamentos colombianos onde o vírus Oropouche (OROV) foi detectado. Esta informação foi confirmada pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), que identificou 38 casos da doença. Desses casos, 35 são do Amazonas, enquanto Meta, Caquetá e Valle del Cauca registraram um caso cada, conforme relatado pelo INS.
Das 484 amostras avaliadas para suspeita de dengue pelo Instituto, menos de 8% resultaram positivas para OROV. Todos os casos de Oropouche foram relatados sem complicações graves.
A alta circulação do vírus no Amazonas colombiano coincide com um surto identificado na Amazônia brasileira. Segundo o INS, o Oropouche tem circulação endêmica na Colômbia, sendo um vírus que já circula principalmente em regiões de selva ou florestas.
A cabeça de um mosquito Culex pipiens - foto tirada através de um microscópio |
Giovanny Rubiano García, diretor-geral do INS, explicou que as medidas de prevenção e controle do vírus Oropouche continuam ativas e estão integradas às ações de vigilância e prevenção usadas para controlar a dengue. Ele ressaltou que o vírus é transmitido pela picada de insetos Culicoides (mosquitos) e que não há registros de transmissão de pessoa para pessoa. Cada caso confirmado é laboratorialmente verificado após a exclusão de dengue e outras infecções transmitidas por mosquitos, como Mayaro.
O INS mantém uma vigilância ativa da dengue e, somente após descartá-la, realiza testes laboratoriais para outros vírus, incluindo Zika, Chikungunya, febre amarela e, finalmente, Oropouche e Mayaro.
Franklyn Prieto, diretor de Vigilância em Saúde Pública do INS, afirmou que os sintomas da febre de Oropouche são semelhantes aos da dengue leve ou moderada. Após um período de incubação de 5 a 7 dias, a pessoa infectada apresenta febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares.
O INS continuará com a vigilância laboratorial ativa e pede à comunidade que reduza ou mantenha as captações de água limpa, o que ajuda a diminuir a quantidade de vetores potenciais (mosquitos) nas comunidades.
Continue a leitura do texto após o anúncio:
Análise e Comentário
O relatório fornece uma visão detalhada da situação do vírus Oropouche na Colômbia. A subnotificação de casos está sendo abordada com uma resposta que inclui maior vigilância e apoio laboratorial. Espera-se que o vírus Oropouche seja incluído nos diagnósticos diferenciais de doenças febris nos trópicos americanos, e que laboratórios na região estejam preparados para fornecer suporte oportuno. A Colômbia e o Brasil já estabeleceram a capacidade laboratorial necessária para incluir a infecção pelo Oropouche na triagem de casos.
O controle do vetor é um desafio, pois os Culicoides se reproduzem em ambientes úmidos, como lama na interface solo-água, que são difíceis de localizar e eliminar. Sem uma vacina disponível, evitar picadas de insetos é a única medida preventiva prática atualmente.
Siga-nos |
PALAVRAS-CHAVE:
Vírus Oropouche | INS | Valle del Cauca | Surto | Amazonas | Vigilância | Endêmica | Prevenção | Transmissão | Sintomas
📙 GLOSSÁRIO:
🖥️ FONTES :
NOTA:
O AR NEWS publica artigos de várias fontes externas que expressam uma ampla gama de pontos de vista. As posições tomadas nestes artigos não são necessariamente as do AR NEWS NOTÍCIAS.
🔴Reportar uma correção ou erro de digitação e tradução :Contato ✉️
Continue a leitura do texto após o anúncio: