- Quase 2.000 crianças morrem todos os dias devido à poluição do ar, segundo relatório
- Estudo global revela que o ar sujo perde apenas para a desnutrição como causa de morte entre menores de cinco anos
Os principais fatores de risco de morte segundo o relatório "State of Global Air 2024", são:
- Desnutricão: Desnutrição é um fator de risco importante para a mortalidade em crianças menores de 5 anos.
- Contaminação do ar: A contaminação do ar é o segundo maior fator de risco de morte em 2021, responsável por 8,1 milhões de mortes.
- Qualidade da água, saneamento e higiene: A qualidade do água, saneamento e higiene são fatores de risco importantes para a mortalidade em geral.
- Temperaturas extremas altas ou baixas: Temperaturas extremas podem ser fatores de risco para a mortalidade em geral.
- Consumo de tabaco: O consumo de tabaco é um fator de risco importante para a mortalidade em geral.
Esses fatores de risco são globais e afetam a mortalidade em geral, especialmente em crianças menores de 5 anos.
O relatório "State of Global Air 2024" foi publicado em 19 de junho de 2024 pelo Health Effects Institute (HEI) em parceria com a UNICEF. Este relatório fornece uma análise abrangente sobre a qualidade do ar e os impactos na saúde em todo o mundo, incluindo dados sobre a exposição e efeitos de saúde relacionados a poluentes comuns como partículas finas (PM2.5), ozônio e dióxido de nitrogênio (NO2) entre 1990 e 2021.
Principais pontos do relatório:
Poluição atmosférica como fator de risco: A poluição atmosférica é o segundo maior fator de risco de morte no mundo, com 8,1 milhões de mortes em 2021. Isso inclui 15% de todas as mortes em crianças menores de 5 anos, com mais de 700.000 mortes associadas à poluição atmosférica nesse grupo etário.
Impacto na vida média: A exposição a poluição atmosférica pode reduzir a expectativa de vida em cerca de dois anos em todo o mundo. Regiões e países com níveis mais altos de poluição atmosférica podem beneficiar significativamente de reduções na poluição, melhorando a expectativa de vida e reduzindo a carga de doenças.
WHO Air Quality Guidelines: Nenhum país no mundo atinge os novos padrões de qualidade do ar estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de 2021, que incluem um limite anual de 5µg/m³ para PM2.5. Menos da metade dos países do mundo atinge o alvo mais ligeiro de 35µg/m³.
Impacto na saúde infantil: Novos nascidos e crianças menores de 5 anos são especialmente vulneráveis à poluição atmosférica, com efeitos que incluem nascimento prematuro, baixo peso ao nascer, atraso no desenvolvimento cerebral, doenças cardíacas, asma e doenças pulmonares crônicas.
Progresso: Embora a poluição atmosférica seja um grave problema, há um progresso positivo. Desde 2000, houve uma redução de 36% nas mortes relacionadas à poluição doméstica em todo o mundo.
O relatório é disponibilizado em forma de download e inclui uma aplicação interativa para explorar dados e gráficos detalhados sobre a qualidade do ar e a carga de doenças em mais de 200 países, territórios e regiões.
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Quais são os principais países afetados pela poluição atmosférica segundo o relatório
O relatório "State of Global Air 2024" do Health Effects Institute (HEI) e o relatório da IQAir sobre a qualidade do ar global em 2023 fornecem informações detalhadas sobre a poluição atmosférica e seus impactos em todo o mundo. Aqui estão os principais países afetados pela poluição atmosférica:
Poluição Atmosférica e Mortes
8,1 milhões de mortes em 2021: A poluição atmosférica foi responsável por uma grande quantidade de mortes em todo o mundo, tornando-se o segundo maior fator de risco de morte, incluindo para crianças menores de 5 anos.
Países Mais Afetados
- Chade: Considerado o país mais vulnerável do planeta, devido às enchentes, ao aumento do conflito militar e à fome que afetam todo o país.
- Somália: Devido à seca e aos problemas políticos no país, o IRC espera que mais de oito milhões de somalis possam sofrer com a fome durante o ano.
- Síria: Após uma década de guerra, a seca e o terremoto em fevereiro de 2023 fizeram com que o país do Oriente Médio fosse considerado como um dos países com maiores problemas para lidar com os problemas relacionados ao clima.
- República Democrática do Congo: A seca e a guerra civil contribuem para a vulnerabilidade do país.
Países que Não Cumprem a Norma de Qualidade do Ar
127 países: Apenas sete países (Austrália, Estônia, Finlândia, Granada, Islândia, Ilhas Maurícias e Nova Zelândia) cumprem os padrões de qualidade do ar estabelecidos pela OMS. Os demais 127 países não atendem às diretrizes da OMS para pequenas partículas transportadas pelo ar expelidas por carros, caminhões e veículos industriais (PM2,5).
Países Mais Poluídos
- Chad: O país subiu ao topo da lista dos mais poluídos, destronando o Bangladesh.
- Iraque: O país apresenta a segunda pior qualidade de ar.
- Paquistão: O país apresenta a terceira pior qualidade de ar.
Esses países são os mais afetados pela poluição atmosférica e não cumprem os padrões internacionais de qualidade do ar. A poluição atmosférica é um grave problema de saúde global, contribuindo para a morte prematura de milhões de pessoas anualmente.
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A situação do Brasil em termos de qualidade do ar é crítica e insuficiente.
Aqui estão os principais pontos:
- Rede Nacional de Monitoramento: O Brasil ainda não tem uma rede nacional completa para monitorar a qualidade do ar, prevista há 35 anos. Faltam ao menos 49 estações de monitoramento.
- Prazos para Melhoria: Pela primeira vez, o Brasil criou prazos para melhorar a qualidade do ar e atingir parâmetros da OMS. A resolução do Conama atende à determinação do STF.
- Desempenho Global: No mundo todo, apenas sete países atendem aos padrões de qualidade do ar da OMS, e o Brasil não está entre eles. Apenas Austrália, Estônia, Finlândia, Granada, Islândia, Ilhas Maurícias e Nova Zelândia cumprem os padrões de qualidade do ar.
- Monitoramento Automático: O monitoramento da qualidade do ar no Brasil é insuficiente, especialmente em capitais como Brasília e Manaus. Estudo do IEMA aponta que o país precisa de pelo menos mais 46 estações de monitoramento da qualidade do ar automáticas.
- Localidades com Defasagem: Metrópoles como Brasília, Goiânia, Manaus, Belém, Natal, Maceió, Florianópolis, João Pessoa, Teresina e Aracaju têm defasagem significativa em termos de monitoramento da qualidade do ar. Essas localidades têm mais de um milhão de habitantes e não têm uma estação de monitoramento automática.
Em resumo, o Brasil precisa melhorar significativamente sua rede de monitoramento da qualidade do ar e implementar políticas mais eficazes para reduzir a poluição atmosférica e atingir os padrões internacionais de qualidade do ar.
PALAVRAS-CHAVE:
📙 GLOSSÁRIO:
🖥️ FONTES :
https://www.stateofglobalair.org/resources/report/state-global-air-report-2024
https://energiaeambiente.org.br/brasil-precisa-de-no-minimo-mais-46-estacoes-de-monitoramento-da-qualidade-do-ar-aponta-estudo-do-iema-20240227
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