Situação em resumo
Em 27 de maio de 2024, o Ministério da Saúde Pública de Cuba relatou surtos da doença do vírus Oropouche em duas províncias, Santiago de Cuba e Cienfuegos. A doença do vírus Oropouche é uma doença arboviral causada pelo vírus Oropouche (OROV). É transmitido aos humanos através de picadas de mosquitos (moscas pequenas). Até o momento, não há evidências de transmissão do vírus Oropouche entre humanos. Esta é a primeira detecção da doença no país, portanto, a população é provavelmente altamente suscetível e existe um risco significativo de serem detectados casos adicionais.
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| Figura 1: Número de casos da doença pelo vírus Oropouche em Cuba, por província |
Descrição da situação
Em 27 de maio de 2024, o Ministério da Saúde Pública de Cuba relatou o primeiro surto da doença do vírus Oropouche. Um total de 74 casos confirmados foram notificados na província de Santiago de Cuba (n=54) e na província de Cienfuegos (n=20). Estes casos foram detectados através de ações reforçadas de monitorização e vigilância após um aumento de casos com doenças febris inespecíficas nas províncias de Santiago de Cuba, com os municípios de Santiago de Cuba e Songo La Maya reportando 29 e 25 casos cada; e na província de Cienfuegos, onde foram notificados oito casos em Cienfuegos, cinco em Rodas, cinco em Abreu e um nos municípios de Aguada de Pasajeros e Cumanayagua. O OROV foi identificado em 74 amostras das 89 amostras testadas no laboratório de referência nacional do Instituto Pedro Kourí (IPK).
O início dos sintomas dos casos confirmados foi notificado entre 2 e 23 de maio, com um pico de casos observado na semana 21 da epidemia (semana que termina em 24 de maio). Os sintomas mais frequentemente relatados foram febre, dor lombar, dor de cabeça, perda de apetite, vômito, fraqueza, dor nas articulações e dor nos olhos. Dos 74 casos confirmados, 36 são do sexo masculino e 38 do sexo feminino, e a idade média é de 34 anos (variação de 6 a 72 anos). A faixa etária mais representada é dos 15 aos 19 anos (12 casos).
Todos os casos apresentaram sinais de recuperação entre o terceiro e o quarto dia após o início dos sintomas. Nenhum caso grave ou fatal foi relatado até 5 de junho.
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