Ecumenismo: assim o primado de Pedro no século XXI
Do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos um “documento de estudo” que resume as respostas recebidas de outras confissões cristãs ao convite lançado há 30 anos por João Paulo II para rever conjuntamente o ministério do bispo de Roma. Entre as hipóteses está também a ideia de uma “sinodalidade ad extra” com reuniões periódicas entre os líderes das diferentes Igrejas.
O primado de Pedro, historicamente um obstáculo para a unidade entre os cristãos, está agora sendo reavaliado como uma oportunidade para a reconciliação e a comunhão eclesial. Isso é demonstrado pelo recente documento de estudo do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, aprovado pelo Papa Francisco, que apresenta uma visão mais ampla e sinodal da relação entre o Bispo de Roma e as outras confissões cristãs.
O documento, intitulado "O Bispo de Roma. Primado e sinodalidade nos diálogos ecumênicos e nas respostas à encíclica Ut unum sint", resume os resultados de mais de 30 respostas de outras confissões cristãs e 50 documentos de diálogo ecumênico sobre o tema do primado de Pedro. Embora haja ainda divergências sobre os fundamentos e modos de vivê-lo, a maioria dos textos concorda sobre a necessidade de um serviço de unidade a nível universal.
A reflexão teológica sobre o papel de Pedro entre os apóstolos, baseada nas Escrituras, permite desafiar interpretações confessionais tradicionais e enfatizar a importância da comunhão eclesial. Além disso, o documento destaca a necessidade de distinguir entre o que estava ligado ao contexto histórico em que foram proclamados e o que permanece atual, à luz da eclesiologia de comunhão posteriormente afirmada pelo Concílio Vaticano II e do atual contexto cultural e ecumênico.
O caminho para a unidade dos cristãos no século XXI passa por uma interdependência mútua entre primado e sinodalidade em todos os níveis da Igreja. Isso inclui a valorização das conferências episcopais católicas nacionais e regionais, a colegialidade episcopal e a dimensão pessoal expressa pela função primacial. Além disso, espera-se um crescimento da sinodalidade ad extra, com oportunidades periódicas de encontros entre os líderes das confissões cristãs.
O documento também levanta a hipótese de "consultas regulares" para "tornar visível e aprofundar a comunhão que já partilham". Essas consultas podem ajudar a fortalecer a unidade cristã e a promover um ministério de unidade numa Igreja reconciliada.
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