Os acidentes com serpentes peçonhentas atingiram 29.543 pessoas no Brasil e causaram 94 óbitos no ano de 2022, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde. Embora os homens que trabalham em zonas rurais sejam os mais afetados, mulheres, indígenas e idosos têm maior risco de morte. Este artigo explora a incidência dos acidentes ofídicos, a letalidade entre diferentes grupos populacionais e as dificuldades de acesso ao tratamento.
A prevalência dos acidentes com serpentes no brasil
Os acidentes ofídicos são um problema significativo de saúde pública no Brasil, com uma alta incidência nas regiões rurais. Em 2022, foram registrados 29.543 casos e 94 mortes. A maioria das vítimas são homens que trabalham no campo, representando cerca de 70% dos casos.
Grupos mais vulneráveis
MulheresEmbora os homens sejam os mais frequentemente picados, as mulheres têm quase o dobro de chances de falecer em comparação aos homens quando mordidas por serpentes peçonhentas.IndígenasOs indígenas apresentam a maior taxa de letalidade, com quase três vezes mais chances de morrer em comparação a outros grupos. A dificuldade de acesso ao soro antiveneno, devido às áreas remotas onde vivem, é um dos principais fatores que contribuem para essa alta letalidade.IdososIndivíduos acima de 65 anos são particularmente vulneráveis a evoluir para óbito após picadas de serpentes. A demora no acesso ao tratamento agrava ainda mais a situação.
Distribuição regional dos acidentes
Região norte
A Região Norte concentra a maior incidência de acidentes e óbitos por picadas de serpentes peçonhentas. Com mais de 55 casos por 100 mil habitantes, a área enfrenta desafios significativos devido à sua vasta extensão de florestas e rios, que propiciam o habitat ideal para diversas espécies de serpentes.
Estados com maior incidência
- Roraima: 68,6 casos por 100 mil habitantes
- Pará: Mais de 5.600 casos e 14 mortes em 2022
Desafios no tratamento
Dificuldade de acesso ao soro
A demora no tratamento com soro antiveneno é um dos principais fatores que aumentam a letalidade dos acidentes. A probabilidade de óbito quase dobra nas primeiras 12 horas após o acidente e aumenta quatro vezes se o tratamento for iniciado após 24 horas.
Produção e distribuição de soros
O Instituto Butantan é o único produtor de soros antiveneno no Brasil. Em 2022, forneceu cerca de 650 mil ampolas ao Ministério da Saúde, sendo o soro antibotrópico (para envenenamentos por jararaca) o de maior volume.
Impacto socioeconômico
Além dos problemas médicos, os acidentes ofídicos causam significativos impactos sociais e econômicos. Muitas vítimas sofrem sequelas permanentes, como amputações, que as impedem de continuar trabalhando, afetando sua capacidade de sustento.
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Iniciativas e metas globais
Esforço da oms
A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclui o ofidismo na lista de doenças tropicais negligenciadas, com a meta de reduzir em 50% os casos de acidentes por picadas de cobras até 2030. O Brasil, junto com outros países da América Latina, comprometeu-se com essa meta para enfrentar esse grave problema de saúde pública.
Conclusão
O envenenamento por serpentes é um problema sério no Brasil, especialmente em regiões remotas e entre grupos vulneráveis. A melhoria no acesso ao soro antiveneno e a conscientização sobre as medidas preventivas são essenciais para reduzir a incidência e a letalidade desses acidentes.
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📙 GLOSSÁRIO:
🖥️ FONTES :
Instituto Butantan
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