Profissionais da educação de Alagoas protestam por direitos não cumpridos
Com várias promessas não cumpridas pelo Governo de Alagoas desde o ano passado, trabalhadoras e trabalhadores da rede estadual de educação realizaram, nesta quinta-feira (6), um dia de paralisação. Deliberado em assembleia do Sinteal na semana passada, o dia de luta foi marcado por um ato de protesto na porta do Palácio República dos Palmares, no Centro de Maceió, com várias falas ao microfone sobre a pauta de reivindicação.
Motivações da paralisação
Izael Ribeiro, presidente do Sinteal, explica as razões da atividade. “O governo não está respeitando nossa categoria, implantou um reajuste de apenas cinco por cento de forma compulsória, não cumpriu alguns acordos feitos, como a atualização do difícil acesso e o aumento de carga horária. Nem sequer o piso do magistério, que foi atualizado em janeiro, tinha sido implantado. Como não estamos tendo respostas concretas, decidimos por essa paralisação com mobilização, para ele entender que estamos dispostos a lutar pelo nosso direito”.
Mobilização e apoio
Caravanas de várias regiões do estado compareceram e, juntamente com profissionais da educação da capital, ocuparam a rua chamando atenção da população sobre o descaso do governo com o tema. Com um trio de forró, o ato trouxe a cultura para fortalecer a luta, destacando as raízes nordestinas no mês de São João. O presidente do Sinteal, inclusive, puxou uma quadrilha improvisada animando a todos com a crítica bem-humorada trazendo as pautas da categoria.
Promessas e avanços
Durante o ato, Izael anunciou que o governo prometeu um avanço em relação ao piso do magistério, prometendo implantar até o final deste mês. Outro repasse que o dirigente fez foi sobre o rateio dos precatórios do FUNDEF do Estado. “Tivemos uma reunião do GT na última terça-feira e tudo está sendo encaminhado para efetuar o pagamento”. Como foi adiantado aqui no site, há um cronograma em andamento e o Sinteal está acompanhando para que seja feito da forma mais justa e célere possível.
Reivindicações e negociações
Reforçando o compromisso com funcionários e funcionárias de escola, Izael lembrou que o Sinteal tem colocado na mesa de negociação com o governo a proposta de que eles também recebam. “Sabemos que os sessenta por cento dos recursos, por lei, devem ser destinados ao magistério. Mas reivindicamos que, dos quarenta por cento restantes, uma parte seja usada para funcionários e funcionárias. É luta nossa”.
Izael também respondeu questionamentos em relação ao resíduo da isonomia dos professores e professoras, que está tramitando judicialmente. “Quem quiser acompanhar, pode entrar no site do TJ [Tribunal de Justiça de Alagoas]”.
Próximos passos
No início da tarde, a atividade foi encerrada com uma nova deliberação anunciada pelo presidente: “Estamos esperando resposta do governo. Se até a próxima terça-feira [11] não chegar nada, vamos realizar uma nova atividade na quarta-feira [12], iniciando na porta da Seduc. Não está descartada a possibilidade de uma caminhada de lá até aqui [a porta do palácio], para reforçar o recado”.
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Conclusão
A mobilização do Sinteal demonstra a insatisfação da categoria com as promessas não cumpridas pelo governo de Alagoas e a disposição para continuar lutando pelos direitos dos profissionais da educação. A pressão exercida pelas manifestações e paralisações é uma ferramenta importante para garantir avanços nas negociações e melhorias nas condições de trabalho e remuneração dos trabalhadores e trabalhadoras da educação.